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Meros expectadores das novas revelações sobre a movimentação financeira de Duda Mendonça no exterior, parlamentares da CPI dos Correios avaliam que o próprio governo alimenta as informações, para mostrar que o caixa 2 do marqueteiro é bem anterior a Lula. Samba do avião – Incomodada com a falta de informações sobre Duda, a CPI avalia que a viagem aos EUA pode resultar inócua. Na melhor das hipóteses, teriam acesso à "primeira camada" de dados das contas, sem tempo para aprofundar a investigação. Medidas extremas – O desespero é tanto que a CPI estuda a contratação de um escritório de advocacia nos EUA para levantar informações sobre Duda junto ao governo e aos bancos. Mas há dúvidas sobre se o material teria valor de prova. Dois figurinos – Conversa de tucanos e pefelistas na semana passada chegou ao seguinte diagnóstico: a CPI-palanque será a dos Bingos. Na dos Correios, o importante é apresentar resultado concreto. Fiscal do Serraglio – O PSDB deu ordem a seus deputados na CPI para que aumentem o corpo-a-corpo com Osmar Serraglio (PMDB-PR). Acha que o relator, na reta final, está sob influência demasiada de Delcídio Amaral (PT-MS). Fila andando – O relator do processo de João Paulo Cunha (PT-SP), Cézar Schirmer (PMDB-RS), espera apenas receber documentos do Tribunal de Contas da União e da CPI dos Correios para concluir seu parecer, que deve entregar na semana que vem. Tarefa inglória – Saia-justa é a de Júlio Delgado (PSB). O algoz de José Dirceu é o último a votar no Conselho de Ética no caso do conterrâneo Roberto Brant (PFL). Ficará entre a coerência e o conhecido compadrio mineiro. Passo de tartaruga – Encerrou-se na sexta-feira o prazo para José Janene (PP-PR) apresentar sua defesa prévia ao Conselho de Ética. A relatora Ângela Guadagnin (PT-SP) será pressionada a correr com o processo do pepista.

Vendendo o governo – O Palácio do Planalto aumentou em 19,6% o gasto com publicidade institucional da Presidência na proposta orçamentária de 2006 enviada ao Congresso, em comparação com a do ano passado. Serão R$ 156 milhões no ano eleitoral. Compensação indireta – O aumento do gasto com publicidade agrada às agências que têm a conta do Planalto, que não quer envolvê-las diretamente na campanha de Lula, ao menos em tese, a ser paga pelo PT.

Acumulando milhas – Em ritmo de campanha, Geraldo Alckmin participou sábado de palestra para empresários e do carnaval fora de época de Aracaju, o Pré-Caju. Ontem, inaugurou escola no interior de Sergipe ao lado de Marco Maciel (PFL), Jarbas Vasconcelos (PMDB) e Nelson Jobim. Mãos à obra – Gilberto Kassab (PFL) já trabalha na montagem de sua base na Câmara paulistana. O vice de José Serra tem conversado com PTB, PL e PP, que atualmente compõe o "independente" Centrão. Vereadores tucanos também foram procurados. Juras de fidelidade – Promessa de Cláudio Lembo (PFL) a Geraldo Alckmin: se herdar o governo, fará o possível para manter os secretários-adjuntos no lugar daqueles que deixarem suas pastas para acompanhar o tucano na campanha eleitoral deste ano.

TIROTEIO

* Do líder da minoria na Câmara, José Carlos Aleluia (PFL-BA), sobre o panfleto que o PT distribuirá no Fórum Social Mundial, em Caracas, acusando a oposição de golpismo:

– É lamentável que a esquerda latino-americana sirva de platéia para uma mistificação que tenta transformar corruptos em perseguidos. A roubalheira do PT não é ideológica.

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