O empresário Luiz Antonio Vedoin encaminhou ofício nesta segunda-feira ao presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-SP), inocentando quatro deputados que, segundo a revista "Época", teriam sido citados por Vedoin como supostamente envolvidos no esquema de fraudes em compras de ambulâncias por prefeituras. São eles o presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar (PTB-SP), o corregedor da Câmara, Ciro Nogueira (PP-PI), e os deputados José Múcio Monteiro (PTB-PE) e Luiz Piauhylino (PDT-PE).

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No documento, Vedoin afirma que a sua empresa, a Planam, nunca negociou com esses parlamentares emendas relativas a ambulâncias. De acordo com o empresário, as afirmações publicadas pela revista foram feitas "de forma especulativa" e não condizem com os depoimentos dele à Justiça Federal de Mato Grosso e à CPI.

As declarações contraditórias de Vedoin levaram o vice-presidente da CPI, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), a defender que o empresário volte a ser ouvido pela Justiça Federal e pela comissão. Diante da atitude de Vedoin de inocentar os deputados, Jungmann disse que a questão será discutida pela CPI.

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Na avaliação de Jungmann, o comportamento do empresário, que "traz fatos novos todos os dias", pode ser uma tentativa de levantar suspeitas sobre o relatório parcial da CPI. O texto apontou a participação de 69 deputados e três senadores no esquema de fraudes. Dois dos deputados acusados - Marcelino Fraga (PMDB-ES) e Coriolano Sales (PFL-BA) - já renunciaram aos mandatos.

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