Em 13 horas de depoimento à Polícia Federal, Luiz Antonio Trevisan Vedoin, acusado de chefiar a máfia das ambulâncias, disse ter provas contra quatro senadores, segundo informou seu advogado, Otto Medeiros. O empresário, que é sócio da empresa Planam, não teria apresentado, no entanto, novos nomes.

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- Em relação a julgamento, eu não vou dar parecer algum. Mas existem provas. Foram apresentadas provas contra os quatro senadores. Agora, se vai ser cassado ou não, não cabe a mim falar - afirmou Medeiros, que se referia aos senadores Ney Suassuna (PMDB-PB), Magno Malta (PL-ES), Serys Slhessarenko (PT-MT) e Antero Paes de Barros (PSDB-MT).

O empresário foi ouvido por uma força-tarefa de delegados formada para conduzir os 84 inquéritos contra parlamentares. Ele foi chamado para traçar o perfil destes deputados e senadores e indicar exatamente qual a participação deles no esquema para compra de unidades móveis de saúde superfaturadas.

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Vedoin será ouvido novamente pela Polícia Federal na segunda e na quarta-feira. Na terça-feira, o empresário vai encarar o Conselho de Ética do Senado.

Vedoin tem sido alvo de críticas de integrantes da CPI dos Sanguessugas e do juiz do Mato Grosso por causa das novas denúncias que lançou após longos depoimentos na comissão e na Justiça. A primeira foi contra o senador tucano Antero Paes de Barros, depois contra o presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar, o corregedor da Câmara, Ciro Nogueira, e o líder do PTB, José Mucio.

Nesta quinta-feira, um levantamento preliminar da CPI dos Sanguessugas reuniu indícios da participação de 60 prefeituras no esquema de corrupção.