Atualizada no sábado, dia 05/08, às 13h39

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O empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin , um dos sócios da empresa Planam, foi submetido nesta sexta-feira a uma acareação com Marcelo de Carvalho, ex-assessor do senador Ney Suassuana (PMDB-PB), e Ronildo Medeiros, outro integrante da máfia dos sanguessugas. Vedoin prometeu entregar à CPI, até a próxima terça-feira, mais provas contra parlamentares e assessores que teriam participado do esquema.

Vedoin revelou ao relator da CPI, senador Amir Lando (PMDB-RO), e ao sub-relator de sistematização, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), que localizou novos comprovantes de depósitos e cópias de cheques pagos a dois ou três envolvidos. Um deles seria o ex-assessor de Suassuna, que na acareação manteve sua versão de que não teria recebido propina de Vedoin ou de Ronildo.

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Ao final da acareação, o deputado Carlos Sampaio afirmou que Vedoin contradisse "com veemência" a defesa do ex-assessor de Suassuna sobre o dinheiro supostamente recebido pelo parlamentar dentro do esquema.

- A fala de Vedoin é muito mais consistente que a do Marcelo.

O sub-relator afirmou achar estranho a história contada por Marcelo Carvalho para justificar o recebimento de dinheiro de um dos donos da Planam, Darci José Vedoin, pai de Luiz Antonio. Segundo Sampaio, o ex-assessor teria dito que o dinheiro seria o pagamento pela venda de uma barco a Vedoin no ano passado. Só que, mesmo depois de ter recebido o dinheiro, Carvalho continua com a embarcação.

A situação de Suassuna já começa a constranger a bancada do PMDB. Na Paraíba, o senador se defendeu das acusações.

Na véspera, o ex-assessor do líder do PMDB havia negado participação no esquema . Ele disse ao corregedor do Senado, Romeu Tuma (PFL-SP), também membro da CPI, que nunca fez nada no gabinete sem o conhecimento de Suassuna.

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A pedido de Lando e Sampaio, Vedoin repassou as provas que dispõe sobre cada um dos 90 parlamentares envolvidos no escândalo dos sanguessugas, esclarecendo ainda dúvidas sobre seus depoimentos à Polícia Federal e ao Ministério Público. Nessa checagem, o empresário teria inocentado cerca de 15 parlamentares, entre eles a deputada Tetê Bezerra (PMDB-MT). A CPI, no entanto, já teria provas contundentes contra a maior parte dos envolvidos, pelo menos 50. É possível que a comissão peça a continuação da investigação em relação aos 25 restantes.

- Infelizmente apenas a minoria deverá ser inocentada - disse Carlos Sampaio.

Nesta quinta-feira, Vedoin prestou depoimento durante sete horas a integrantes da CPI. No interrogatório, o empresário complicou a situação de Suassuna, do senador Magno Malta (PL-ES), de um ex-assessor do ex- ministro da Saúde Humberto Costa, Francisco Rocha, que seria o homem responsável pelas liberações de emendas na sua gestão, e do petista José Airton Cirilo, integrante do Diretório Nacional do PT.