Até agora, deve ficar assim o Ministério do segundo governo Lula:
AGRICULTURA - O deputado Reinhold Stephanes (PMDB-PR) foi confirmado como novo ministro da pasta, depois da fracassada indicação de Odílio Balbinotti (PMDB-PR)
CIDADES - Ministério cobiçado pelo PT, que gostaria de ver Marta Suplicy como titular, continuou com Marcio Fortes, do PP, por decisão de Lula.
CIÊNCIA E TECNOLOGIA - Fica com Sérgio Rezende, do PSB, segundo Lula disse a integrantes do partido antes do carnaval.
COMUNICAÇÕES - Continua com Hélio Costa, referente à cota do PMDB no Senado.
CULTURA - Gilberto Gil, do PV, nunca teve sua permanência à frente do ministério ameaçada. Foi o primeiro ministro confirmado no cargo.
DEFESA - Apesar da crise no setor aéreo, desencadeada após o acidente com o avião da Gol, em setembro do ano passado, e não totalmente encerrada, Waldir Pires continua cotado para ficar no cargo.
DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO - O ministério deve continuar com o PT. A corrente Democracia Socialista (DS) gostaria de manter o cargo, concordando com a permanência de Guilherme Cassel. Joaquim Soriano, que também integra a direção do PT, é outro nome forte. A DS ainda indica Miguel Rossetto (RS) e Walter Pinheiro (BA). Além deles, aparece Pedro Eugênio (PE), ligado à Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).
DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME - Patrus Ananias (PT-MG) será mantido no cargo.
DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO - O Miguel Jorge, atual vice-presidente de Assuntos Corporativos do banco Santander Banespa, foi convidado por Lula e aceitou a tarefa de substituir Luiz Fernando Furlan.
EDUCAÇÃO - Lula aprovou a gestão de Fernando Haddad, que assumiu o ministério em julho de 2005, no lugar de Tarso Genro, de quem era secretário-executivo. Haddad está incumbido de tocar o Plano de Desenvolvimento da Educação.
ESPORTE - O PCdoB mantém o ministério e gostaria que voltasse a ser ocupado por Agnelo Queiroz, que foi seu titular em grande parte do primeiro mandato de Lula e o deixou para concorrer ao governo de Brasília. A questão é o que fazer com o atual ministro Orlando Silva, que talvez fique até os Jogos Pan-Americanos.
FAZENDA - Lula acalmou os mercados desde cedo, assegurando que não mexeria na área econômica. Guido Mantega (PT-SP) permanece no cargo.
INTEGRAÇÃO NACIONAL - Foi o primeiro ministério garantido para o bloco da Câmara do PMDB. Será ocupado por Geddel Vieira Lima (BA), antigo opositor de Lula, que tomou posse nesta sexta-feira.
JUSTIÇA - Tarso Genro foi deslocado das Relações Institucionais para assumir a pasta deixada por Marcio Thomas Bastos. Também assumiu o cargo nesta sexta-feira.
MEIO-AMBIENTE - Apesar do embate entre desenvolvimentistas e ambientalistas dentro do governo, Lula em nenhum momento manifestou intenção de tirar Marina Silva (PT-AC) do cargo.
PLANEJAMENTO - Assim como Mantega, Paulo Bernardo é peça-chave para a condução da política econômica do governo.
PREVIDÊNCIA SOCIAL - Lula confirmou o nome de Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, para a pasta. A Previdência é uma das áreas com que o PDT se identifica e com isso Lula retribuiu o partido por seu ingresso na base aliada.
RELAÇÕES EXTERIORES - Considerada por Lula uma das áreas fortes do governo, a chancelaria continua com Celso Amorim, focando no fortalecimento do Mercosul.
RELAÇÕES INSTITUCIONAIS - Walfrido Mares Guia, a quem o ministério se destinava desde o início das articulações de Lula, foi confirmado pelo presidente.
SAÚDE - Lula indicou o médico José Gomes Temporão, apadrinhado pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que o filiou ao PMDB. Lula afirmou que com Saúde e Educação não se brinca, justificando a escolha de técnicos para os dois ministérios.
TRABALHO E EMPREGO - O ex-presidente da CUT Luiz Marinho continua no cargo como representante do movimento sindical na pasta que cuida da questão do emprego.
TRANSPORTE - Alfredo Nascimento volta ao ministério que deixou para concorrer ao Senado, na cota do PR, outro partido da base aliada.
TURISMO - A ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy, depois de uma longa espera, acabou aceitando a pasta.
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