Cela de Arruda tem beliche, mesa e sofá| Foto: Divulgação/PGR
Sala onde Arruda está preso
Imagem de sofá e armário na sala onde governador afastado está detido na PF
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A Procuradoria Geral da República divulgou nesta sexta-feira (5) fotos da sala onde o governador afastado, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), está preso na Superintendência da Polícia Federal. Nesta quinta-feira (4), durante julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) do pedido de habeas corpus do governador, o advogado dele, Nélio Machado, classificou a sala de Arruda de "masmorra".

Presente à sessão na qual o Supremo negou liberdade ao governador, a sub-procuradora-geral da República, Débora Dubrat, rebateu as acusações da defesa de que o governador estaria mantido em condições precárias. Ela disse que recebeu fotos da sala, que não contém grades, e constatou que o local é "digno". A sala tem 10 m² e é mobiliada com uma beliche, mesa com cadeira, sofá e ar-condicionado.

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Arruda está preso desde o dia 11 de fevereiro por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele ficou oito dias na sala do diretor Tecno Científico da PF, que tem 40m² e banheiro privativo. No dia 19, o governador foi transferido para uma sala no Comando de Operações Táticas, também na Superintendência da PF.

Prisão

O STJ determinou a prisão preventiva de Arruda sob a alegação de que ele estaria obstruindo as investigações do mensalão do DEM de Brasília ao tentar subornar uma testemunha. Além do governador afastado, foram presos 4 suspeitos de participar da tentativa de suborno do jornalista Edmilson Edson dos Santos, conhecido como Sombra.

Nesta quinta, o STF manteve, por nove votos a um, a prisão de Arruda. Seguindo o voto do relator, ministro Marco Aurélio Mello, os ministros Joaquim Barbosa, Carlos Ayres Britto, Cezar Peluso, Celso de Mello, Ellen Gracie, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, e o presidente do STF, Gilmar Mendes, entenderam não haver fatos novos na tese elaborada pelos advogados para conceder o pedido de liberdade ao governador.

"Dói em cada um de nós, dói na alma, dói no coração ver um governador sair de um palácio direto para a cadeia", resumiu o ministro Carlos Ayres Britto o sentimento da Suprema Corte diante do caso envolvendo o governador do DF. "Acabrunha um país como um todo e constrange a cada um de nós, com seres humanos. Há quem chegue às maiores alturas para cometer as maiores baixezas", complementou.

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