15 de maio Reportagem da Folha de S. Paulo revela que o patrimônio de Antonio Palocci aumentou 20 vezes entre 2006 e 2010 e teria como fonte principal a empresa de consultoria Projeto. Em quatro anos, o patrimônio passou de R$ 375 mil para R$ 7,5 milhões. A OAB e partidos de oposição cobram esclarecimentos do ministro. Palocci diz que a evolução patrimonial consta na declaração de renda. Ele alega que uma cláusula contratual garante a confidencialidade do nomes de seus clientes.
16 de maio A Comissão de Ética da Presidência decide que não cabe ao órgão investigar o assunto. Planalto afirma que caso está "encerrado".
17 de maio Oposição anuncia que pedirá abertura de inquérito na Procuradoria-Geral da República para investigar o ministro.
18 de maio Governo derruba tentativas da oposição de convocar Palocci na Câmara.
19 de maio Reportagem da Folha de S. Paulo mostra que faturamento anual da empresa de Palocci saltou de R$ 160 mil em 2006 para R$ 20 milhões em 2010.
20 de maio O jornal O Estado de S. Paulo publica que a Projeto prestou serviços a pelo menos 20 empresas incluindo bancos, montadoras e indústrias. Já a Folha de S. Paulo divulgou o que a empreiteira WTorre e a operadora de saúde Amil contrataram a Projeto. A primeira financiou as campanhas de Palocci e da presidente Dilma e têm negócios com instituições públicas federais.
23 de maio Crise envolvendo o ministro é usada como forma de barganha na votação do novo Código Florestal.
24 de maio Planalto convoca o ex-presidente Lula para auxiliar nas negociações, visando diminuir o desgaste de Palocci e do governo.
25 de maio Como estratégia para poupar Palocci, Dilma cede à bancada evangélica e proíbe distribuição de kit anti-homofobia.
27 de maio Palocci entrega à Procuradoria-Geral da República explicações sobre a multiplicação do patrimônio.
31 de maio O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) afirma que o ministro Palocci, em encontro com senadores petistas, relatou ter recebido R$ 1 milhão em apenas um serviço de consultoria em um processo de fusão. A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) expôs, durante almoço que ofereceu ao ex-presidente Lula, que o ministro precisava se explicar para poder continuar no cargo.
1º de junho Numa desatenção da bancada governista, a oposição consegue aprovar a convocação de Palocci na Comissão de Agricultura da Câmara. No mesmo dia, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS) suspende a convocação, para analisar se a votação foi regular.
3 de junho Em entrevista ao Jornal Nacional, o ministro afirma que não fez lobby para empresas privadas em órgãos públicos, mas manteve o sigilo sobre a identidade de seus clientes.
4 de junho Revista Veja divulga que o apartamento alugado em que o ministro mora está em nome de laranjas.
6 de junho O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, decide arquivar todas as representações que pediam abertura de inquérito contra Palocci.
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