A Secretaria de Educação afastou a diretora da creche municipal Gabriel Nogueira, na zona leste de São Paulo, onde 21 crianças foram intoxicadas por veneno de rato depois de uma aplicação de raticida no estabelecimento fim de semana. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, quatro dos oito alunos que foram atendidos no Hospital do Sapopemba continuam internados, mas não correm risco de morres. O Hospital do Tatuapé informou que 10 crianças, entre 4 e 6 anos, foram atendidas e nove foram liberadas.
As crianças apresentaram diarréia e vômito depois do contato com um raticida na escola.
O incidente aconteceu por volta das 9h30m. Dois alunos encontraram próximo a um dos bueiros da creche várias pastilhas esverdeadas (raticida) e passaram a distribuir para os colegas.
- Acharam que eram balas, por causa da cor e foram distribuindo para os outros alunos - conta Aline Oliveira da Luz Bernardo, de 26 anos, mãe de Aline, de 6 anos.
Quando as professoras viram o que acontecia, algumas crianças já estavam passando mal. Segundo a Secretaria Municipal da Educação, 13 crianças foram encaminhadas pela própria creche para unidades de saúde. Outras oito foram levadas pelos pais, preocupados com seus filhos.
A escola abriga 144 alunos na faixa de 1 a 6 anos e parte dela estava em reforma. A coordenadoria de educação de Itaquera admite que a creche tinha problemas com ratos, mas afirma que não havia autorização para ser feita a aplicação do produto.
Entre os pais das crianças contaminadas, revolta e medo eram os sentimentos mais comuns. Alguns falam em processar a municipalidade e tirar seus filhos da escola.
- É um descuido total. Meu filho poderia estar morto agora. Penso em processar a creche para que outros pais não passem o que estou vivendo - disse a doméstica Rosiane Maria de Oliveira Santos, de 31 anos.
O filho dela, Guilherme, de 6 anos, teve vômitos e diarréias e precisou ser levado para o Hospital Municipal do Tatuapé, onde ficou internado durante boa parte do dia.
Para a operadora de telemarketing Vanessa de Jesus Nogueira, de 27 anos, o que houve foi descaso com as crianças.
- Um absurdo isso que aconteceu. A gente paga imposto e nunca vai esperar que uma coisa dessa aconteça. Isso é prova dos descaso com as crianças - afirmou.
O filho dela de cinco anos teve que tomar soro e tirar sangue no Hospital do Tatuapé.
Para a dona-de-casa Suelen Silva Vieira, de 22 anos, houve demora da creche em avisar o que tinha acontecido.
- A minha filha passou mal por volta das 9h30m e eu só fui avisada depois das 15h. Agora tenho medo de que ela volte para escola, com certeza não é seguro.
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