O vereador Paulo Bebber (PR), acusado de pedir propina para acelerar a votação de um projeto de lei que amplia o perímetro urbano de Cascavel e cria um novo conjunto habitacional, pediu licença do cargo por 30 dias. O pedido foi protocolado por um filho do vereador no final da tarde desta quinta-feira (20). O presidente da Câmara, Marcio Pacheco (PPL), disse que nesta sexta-feira (21) será convocado o suplente Celso Dal Molin (PR) para assumir a vaga.
Também nesta quinta, um novo pedido de cassação do vereador foi protocolado na Câmara com mais de 100 assinaturas de eleitores. Eles querem que o Legislativo instale imediatamente uma Comissão Processante para investigar Bebber. O pedido será votado em plenário na sessão da próxima segunda-feira (24) junto com outro protocolado na quarta-feira (19) por um apresentador de TV. A sessão promete ser acalorada já que a Associação Cascavelense de Estudantes Secundaristas (Aces) está convocando, por redes sociais, uma manifestação em frente ao Legislativo.
O advogado Helio Ideriha Junior, defensor de Bebber, disse que vai velar para seu cliente tenha todos os direitos de defesa garantidos. Ele orientou o vereador a permanecer junto com a família e não interferir na produção de qualquer prova. Segundo ele, Bebber está preocupado com o pedido de prisão preventiva feito pela Polícia Civil, que investiga o caso junto com o Ministério Público. "Entendemos que o pedido de prisão é absolutamente desnecessário, até mesmo porque o vereador Paulo Bebber não representa qualquer risco à sociedade ou ao processo", afirmou.
No início da noite de quarta-feira, o corretor de imóveis Marcio Ireno prestou depoimento à Polícia Civil e confirmou ter gravado a conversa com Bebber. Segundo Rafael Brugnerotto, advogado do corretor, o único interesse do seu cliente é na comissão em função da corretagem da área. "Ele é um corretor que possui a opção de venda do imóvel", afirmou. O advogado diz que a família proprietária da área assinou um documento para que Ireno fizesse todo o desembaraço da área para atender às exigências da Caixa Econômica Federal. "Foram quase dois anos de trabalho", afirma Brugnerotto.
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