Vereador destina R$ 205 mil à secretaria que deve assumir

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O vereador curitibano Manassés Oliveira (sem partido) apresentou uma emenda no valor de R$ 205 mil ao Orçamento de 2009 em favor da Secretaria Municipal do Trabalho e Emprego. Manassés teria convencido ainda 14 dos 38 vereadores a apresentar emendas que totalizam R$ 1,276 milhão – o que representa pouco mais de um terço do atual orçamento da secretaria, que é de aproximadamente R$ 3 milhões. O esforço pode beneficiar o parlamentar no futuro. Manassés é o mais cotado para assumir a Secretaria do Trabalho no próximo governo do prefeito Beto Richa.

Manassés afirma que não vê problemas ao destinar dinheiro público para a pasta que pode ocupar a partir de janeiro. "Não tenho nenhuma garantia de que vou assumir a secretaria. Apresentei a emenda porque me identifico e participei de toda a criação desta pasta. Eu fui o primeiro secretário do Trabalho e Emprego de Curitiba. Seria contraditório se eu apresentasse emendas para entidades da qual exerço algum cargo de direção", diz.

Os valores discriminados pelos vereadores variam de R$ 5 mil até R$ 290 mil, e todo o montante seria investido na compra de equipamentos e realização de curso de qualificação profissional. "A maior parte desse valor (cerca de R$ 1 milhão) é para cursos de qualificação profissional da população nas mais diferentes áreas: porteiro, recepcionista, telefonista, pedreiro, vigia, varredores etc...", justificou o vereador.

A definição sobre o futuro político de Manassés pode ser conhecido ainda nesta semana, quando o prefeito Beto Richa deve anunciar o novo secretariado. A assessoria de Richa não confirma, mas tambem não descarta o nome do vereador na lista do secretariado. Fontes da prefeitura, no entanto, definem como certo o nome de Manassés à frente da Secretaria Municipal de Trabalho. "Acredito que tenho 50% de chance de assumir a pasta", diz Manassés. O vereador chefiava a secretaria, mas em abril deste ano deixou o cargo para tentar se reeleger na Câmara Municipal. Manassés desistiu da disputa depois de um racha na aliança do PRTB com o PTB. Ele e outros candidatos do PRTB queriam que a legenda apoiasse o PSDB de Beto Richa.