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Manhãs

Adiada a antecipação das sessões

A vereadora Julieta Reis, presidente da Comissão de Legislação da Câmara de Curitiba, pretendia pôr em votação nesta semana o projeto que propõe a antecipação do horário das sessões da Casa, das tardes para as manhãs. Mas o verea­­dor Algaci Tulio (PMDB), integrante da oposição da Casa, pediu vista da proposta, o que deve fazer com que a votação fique para a próxima semana. A bancada da oposição, formada também pelo PT, já adiantou que é contrária à medida. A troca de horário beneficiaria pelo menos 32 dos 38 vereadores. Eles pretendem concorrer à reeleição e, assim, teriam mais tempo para fazer campanha. (VB)

O vereador Francisco Garcez (PSDB) disse na sessão de ontem ter sido vítima de grampo telefônico na Câmara de Curitiba. Presidente do Conselho de Ética da Casa, o parlamentar afirmou que contratou uma empresa especializada para proteger seus telefonemas e que, no dia seguinte, a sede do jornal Folha do Bo­­­queirão, do qual é proprietário, sofreu um incêndio. "Não estou acusando ninguém da Casa pelo grampo, assim como pelo incêndio", afirmou ele.

O parlamentar foi um dos responsáveis pela investigação do ex-presidente da Casa João Cláudio Derosso (PSDB), acusado de irregularidades na contratação da agência que prestou serviços de publicidade à Câmara entre 2006 e 2011. A empresa pertencia à jornalista Cláudia Queiroz, mulher de Derosso (leia mais sobre o assunto na reportagem ao lado).

De acordo com Garcez, o principal telefone do gabinete ficou sem sinal há cerca de três semanas. O vereador solicitou apoio técnico da Câmara e a uma empresa privada que presta serviço à Casa. Ambos não descobriram qual era o problema. Em seguida, um chefe da empresa foi ao gabinete e teria constatado que se tratava de um grampo. "Ele ficou nervoso porque era o primeiro sinal de grampo que havia encontrado. Segundo ele, só duas pessoas tinham acesso às chaves da central telefônica: ele mesmo e um funcionário da Casa que estaria viajando", relata.

O vereador, contudo, diz não ter um documento oficial do técnico sobre o caso. "Dias depois, contratei uma empresa terceirizada em fazer proteção de registro telefônico e não foi encontrado absolutamente nada. Quando entrava em contato com as pessoas sobre o assunto, o incêndio na Folha do Boqueirão aconteceu", diz. Tanto a presidência da Casa quanto a Corregedoria afirmam que vão investigar o caso.

O vereador também registrou boletim de ocorrência sobre o incêndio no 7.º Distrito Policial. "Começamos a ouvir as testemunhas. E tomamos as primeiras providências", disse o delegado Fábio Lopes Pereira. Segundo ele, só será possível determinar se o incêndio foi criminoso após a perícia.

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