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Volkmann chorou no depoimento | Felipe Rosa/ Gazeta do Povo
Volkmann chorou no depoimento| Foto: Felipe Rosa/ Gazeta do Povo

O vereador de Curitiba Odilon Volkmann (PSDB) confirmou ontem ter relacionamento afetivo com Emília Rocha, funcionária de seu gabinete de 1.º de janeiro de 2009 a 1.º de agosto de 2011. A declaração foi dada no depoimento que ele prestou à Comissão de Ética da Câmara Municipal. Volkmann é acusado de praticar nepotismo, o que é proibido. Ele, no entanto, garantiu que a afastou assim que o namoro foi oficializado. E disse, chorando, ser vítima de perseguição política.

Segundo o depoimento, Volkmann e Emília se conheceram em 2008, quando ela foi contratada para trabalhar em seu mercado, no Sítio Cercado. A atual namorada colaborou na campanha eleitoral e foi lotada em seu gabinete após o pleito. "Nunca tive caso com ela até 2011, quando nasceu o namoro. Hoje, estamos namorando", afirmou.

"[A denúncia] tentou prejudicar alguém que sempre ajudou o povo. Eu não sei quem está por trás disso, mas foi o mesmo [que fez a denúncia] do cartão qualidade", disse Volkmann, sem conter as lágrimas.

Além do caso de nepotismo, o vereador também está envolvido em uma suposta irregularidade com o cartão qualidade da prefeitura de Curitiba. Imagens da RPC TV mostraram servidores municipais usando o cartão, fornecido pela prefeitura, para simular compras no mercado do vereador. Volk­­mann ficava com 10% e os servidores embolsavam o resto. A Corregedoria da Casa investiga o caso.

Um mês

A relatora do caso de nepotismo no Conselho de Ética, Noêmia Rocha (PMDB), tem 30 dias para elaborar relatório e sugerir o arquivamento ou a aplicação de sanções ao vereador: advertência; censura pública; suspensão de prerrogativas regimentais por 60 dias; perda temporária do mandato; ou perda do mandato.

Porém, o autor da acusação – o microempresário Cleiton César de Azeredo, a quem Volkmann conhecia – pediu a retirada da denúncia da Câmara. E alegou ter se precipitado. Como o caso se tornou público, no entanto, o Con­­selho de Ética optou por manter a investigação.

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