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O vereador de Colombo, Joaquim Gonçalves de Oliveira (PTB), conhecido como Oliveira da Ambulância, foi preso na tarde desta quinta-feira (25) dentro do próprio gabinete na Câmara de vereadores do município da região metropolitana de Curitiba (RMC). Ele foi detido em flagrante pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), por volta das 16h.

De acordo com as denúncias apresentadas ao Gaeco, o vereador é acusado de se apropriar de parte dos salários de três dos seus assessores, que recebiam cerca de R$ 3,9 mil por mês cada. Segundo o Ministério Público do Paraná (MP-PR), Oliveira exigia que os assessores retirassem o pagamento do banco e entregassem o valor integral a ele. O vereador repassava cerca de R$ 1,2 mil aos funcionários. Oliveira foi detido no momento em que os assessores entregavam o dinheiro a ele na Câmara de Colombo.

O procurador de Justiça e coordenador do Gaeco, Leonir Batisti, afirma que "o vereador estaria se apropriando de cerca de nove mil reais por mês. Esse é um método comum, utilizado por agentes corruptos para desviar dinheiro público".

O vereador vai responder por crime de peculato. De acordo com o coordenador do Gaeco, "cada pagamento seria um peculato em relação a cada funcionário e cada mês do fornecimento do dinheiro".

Segundo Batisti, Oliveira vai continuar preso preventivamente. Ele ainda explicou que os assessores não estão sendo investigados, já que a denúncia era contra o vereador. "Eles podem nos servir mais como testemunhas e não há provas quanto ao envolvimento direto deles no caso". O coordenador do Gaeco diz que ainda não é possível precisar desde quando a prática ocorre e o valor total que teria sido desviado.

Denúncias antigas

Um ex-assessor de Oliveira já havia feito uma denúncia contra o vereador pela suposta irregularidade. Em 2008, Nivaldo Vieira da Fonseca Neto contou que recebia apenas R$ 400 do salário que deveria ganhar na Câmara - R$ 3.070 na época.

"São ex-assessores que foram mandados embora por mim porque não trabalhavam. São denúncias vazias", reagiu Oliveira, à época da denúncia. Mesmo assim, Oliveira escapou do processo de cassação por apenas um voto. Oito, dos 13 vereadores, votaram pela perda do mandato, quatro se mostraram contra e o presidente da Casa, vereador Onéias Ribeiro de Souza (PT), não votou. Para a cassação, eram necessários nove votos a favor.

Em junho de 2007, o vereador foi absolvido - também por apenas um voto - depois de ser preso acusado de acorrentar e espancar o enteado de 9 anos. No mesmo ano, Oliveira foi detido por duas vezes.

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