O vereador de Ponta Grossa Pascoal Adura (PMDB) protocolou ontem um documento na Câmara Municipal pedindo a cassação de mandato da vereadora Ana Maria Branco de Holleben (PT), acusada de forjar o próprio sequestro no início de janeiro.
Adura alega que a vereadora teria infrigido três artigos da Resolução n.º 335 da Câmara. Dentre eles estão o descumprimento com os deveres de um vereador, infrações da ética parlamentar e falta de decoro. A partir disso, Adura pede que a Corregedoria da Câmara instale uma sindicância para apurar o caso e para aplicar a pena de perda de mandato.
O presidente da corregedoria do Legislativo de Ponta Grossa, vereador George Luiz Oliveira (PMN), garantiu que todos os pontos serão analisados com cautela e seriedade. "Não podemos fazer um pré-julgamento. Temos que ouvir a vereadora e reunir documentos, inclusive o inquérito policial [que apura a simulação de sequestro], para então tomar uma medida justa." George lembrou ainda que a corregedoria ainda não está totalmente composta. Quatro membros devem ser escolhidos na primeira sessão ordinária da Câmara, que ocorre apenas no dia 18.
O advogado da vereadora Ana Maria, Fernando Madureira, disse que ela ainda não foi notificada do pedido de cassação e afirmou que vai aguardar os desdobramentos para se pronunciar.
De volta ao trabalho
Com paradeiro desconhecido desde que foi solta pela polícia, em 9 de janeiro, a vereadora Ana Maria deve voltar a Ponta Grossa para assumir suas funções na Câmara após o feriado de carnaval.
Depois de ser acusada de forjar o próprio sequestro, a parlamentar ficou cinco dias presa. Ao ser solta, foi internada em uma clínica psiquiátrica de Curitiba, onde permaneceu por 22 dias. Recebeu alta no último dia 31. Mas continua em local desconhecido.
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