Um dos sete vereadores de Pontal do Paraná acusados pelo Ministério Público (MP) de receber diárias para cursos que não fizeramse reelegeu nas Eleições municipais de 2008. De acordo com o MP, os vereadores aprovavam verbas para viagens que não eram feitas. Valdevino Périco (PR) é um dos acusados de desviar cerca de R$ 300 mil do município.
Além de Périco, o MP investiga os vereadores Arlindo Nascimento (PRTB), João Mota (PRTB), Odair Serafim (PRTB) - que não se reelegeram -, Alexandre Guimarães (PDT) - atual presidente da Câmara e que concorreu à prefeitura - e Serafim do Nascimento (PRTB), bem como Márcio Gonçalves, que denunciou o suposto esquema e foi expulso do PSol.
Périco afirmou que a denúncia de Gonçalves foi eleitoreira. "Nunca fiz parte desse esquema. Se for chamado pelo Ministério Público para esclarecer a situação, apresentarei as notas (fiscais, que comprovariam a participação do parlamentar em cursos fora da cidade), argumenta Périco.
Ele foi o quarto vereador mais votado com 344 votos. O vereador ainda afirma que as denúncias o prejudicaram no pleito de outubro.
Já o presidente da Câmara, Alexandre Guimarães, ficou em quarto lugar na disputa pela prefeitura com 504 votos. Ele também afirmou que não existe nenhum esquema e que todas as notas fiscais de 2007 foram encaminhadas ao Tribunal de Contas. "Eu ainda não fui chamado pelo Ministério Público para depor e talvez nem seja. Isso tudo foi criado pela oposição", afirma Guimarães.