A 2.ª Vara Criminal de Ponta Grossa concedeu na tarde de ontem o pedido de liberdade para vereadora de Ponta Grossa Ana Maria Branco de Holleben (PT), acusada de forjar o próprio sequestro no início do ano. A vereadora deixou o quartel do Corpo de Bombeiros, onde estava detida, horas depois.
Ana Maria foi presa pela Polícia Civil sob a acusação de forjar o próprio sequestro, no dia 1.º, com auxílio de funcionários de sua equipe. O objetivo seria não participar da eleição para a presidência da Câmara. Três outras pessoas supostamente envolvidas no caso foram detidas, mas todas já estão em liberdade.
A vereadora, para deixar o quartel onde estava presa, buscou evitar que fosse flagrada pela imprensa. Por volta de 16 horas, uma pessoa saiu do local encoberta por uma capa. Imaginou-se que seria a vereadora. No entanto, depois se soube que a pessoa que saiu não era Ana Maria. Ela continuou no local até cerca de 17 horas.
O advogado Fernando Madureira, que defende a vereadora, disse que depois de deixar a prisão, ela deveria seguir diretamente para uma clínica de reabilitação (de local não informado), onde vai permanecer pelos próximos 20 dias para tratar um quadro de depressão grave. Somente depois do fim do tratamento é que a vereadora vai prestar depoimento oficial à Polícia Civil e à Câmara de Ponta Grossa.
Após a libertação, porém, a petista seguiu para a casa de um primo, no bairro Ronda, e não para uma clínica. Depois disso, não houve mais informações sobre o paradeiro dela.
Já o deputado estadual Péricles de Mello, que também é primo da vereadora, confirmou que Ana Maria vai ser afastar do diretório do PT de Ponta Grossa e também da Câmara Municipal, mas não informou se os pedidos já haviam sido oficializados.
Uma reunião da Comissão de Ética do PT de Ponta Grossa daria início ontem à investigação do caso de Ana Maria. A situação dela dentro do partido também será discutida. Conforme a assessoria de imprensa do PT, os resultados desta primeira reunião serão divulgados oficialmente hoje.
Apoio
Aproximadamente dez mulheres que pertencem a um grupo de donas de casa, do qual Ana Maria participava, esperavam a saída da vereadora em frente ao quartel do Corpo de Bombeiros segurando cartazes com mensagens de apoio a ela. "Ana Maria sempre lutou por nossos direitos e agora é nossa vez de lutar pelos direitos dela", dizia um dos cartazes.
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