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A vereadora de Ponta Grossa, Campos Gerais, Ana Maria Branco de Holleben (PT), suspeita de simular o próprio seqüestro no início deste ano, deve quebrar o silêncio em breve, segundo seu advogado, Fernando Madureira. Internada em uma clínica psiquiátrica em Curitiba desde que foi solta no dia 9 de janeiro, a parlamentar disse que pretende reunir a imprensa para falar sobre as acusações assim que tenha condições de saúde.

Segundo Madureira, ela ainda está em tratamento e as visitas são restritas. Apenas os advogados e a filha podem vê-la. A previsão é de que a vereadora prossiga internada por mais 10 ou 15 dias.

O advogado afirma que, na próxima semana, o pedido de afastamento de vereadora deve ser protocolado na Câmara de Vereadores do município.

Conforme a Polícia Civil, depois de percorrer por vários locais, pernoitar em um motel na cidade de Imbaú e passar por Ventania, a vereadora foi deixada em uma área rural da cidade de Piraí do Sul, onde pediu telefone emprestado para os moradores que a reconheceram.

Ainda conforme a polícia, parte do inquérito corre sob segredo de justiça. Ameaças contra familiares da parlamentar e a outros vereadores estão sendo averiguadas. A conclusão da investigação, que está prevista para os próximos dias, deve revelar pontos ainda não esclarecidos do caso. Assim que for concluído, o inquérito será entregue ao Ministério Público, que decidirá se oferece a denúncia contra Ana Maria ou não. A vereadora é suspeita de cometer três crimes: falsa comunicação de seqüestro, formação de quadrilha e fraude processual.

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