A eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, foi adiada mais uma vez, nesta quarta-feira (2), devido ao desaparecimento da vereadora reeleita Ana Maria Branco de Holleben (PT). A polícia suspeita de sequestro. O Grupo Tigre, esquadrão de elite da Polícia Civil do Paraná, está à frente das investigações.
Às 10h desta quarta-feira (2) foi aberta a sessão plenária para nova tentativa de eleger a presidência da Casa, mas, devido à presença de apenas 11 dos 12 membros necessários para realização da votação, a sessão foi adiada para às 15h.
Ana Maria participou, no começo da tarde de terça-feira (1º), da cerimônia de posse dos parlamentares municipais no Cine Ópera, na região central de Ponta Grossa. Ela teria que seguir para a Câmara, mas, durante o trajeto, segundo o motorista da vereadora, a petista foi obrigada a entrar em um carro branco.
Danilo Cesto, delegado da 13ª sub-divisão policial do município, relata que o filho e o motorista do carro em que estava Ana Maria prestaram depoimentos. Os relatos apontam que um motoqueiro se aproximou do carro com uma faca e cortou os pneus do Audi verde em que estava a petista. Em seguida, um homem com uma arma de fogo obrigou Ana a entrar em um Gol branco sem placas.
Mais tarde, segundo o delegado, os familiares da vereadora receberam uma ligação de um número desconhecido. Ela teria dito apenas que estava bem e não deu detalhes sobre sua localização. Até agora, não há informações sobre pedidos de resgate.
Holleben é prima do ex-prefeito e atual deputado estadual Péricles de Mello (PT). A vereadora integra a bancada de oposição ao novo prefeito, Marcelo Rangel (PPS) - que concorreu contra Péricles no segundo turno das eleições, no ano passado.
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