O diretório municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) em Ponta Grossa (Campos Gerais) determinou, nesta quinta-feira (21), que a vereadora Ana Maria Branco de Holleben fique suspensa do mandato e das funções executivas no partido por 120 dias. Ela é suspetia de ter simulado o próprio sequestro no dia 1º de janeiro deste ano. A ordem foi expedida com base nos pareceres da Comissão de Ética do PT municipal que investigou o caso durante os últimos dois meses. Três dos cinco membros da comissão emitiram pareceres favoráveis à permanência da vereadora no partido.

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O prazo da punição é o dobro que já havia sido aplicada à vereadora, no final de fevereiro deste ano, pelo diretório estadual do partido. No entanto, Ana Maria não cumpriu a determinação e continuou participando das sessões da Câmara Municipal de Ponta Grossa. O vice-presidente do PT na cidade, Edmilson Pereira Dias, afirma não ter ficado satisfeito com a decisão da comissão.

"Eu defendo que é um caso para expulsão. Essa suspensão que aplicamos já está valendo. Independentemente de ela cumprir ou não, o diretório municipal está elaborando um relatório a partir dos pareceres da Comissão de Ética para apresentar à executiva estadual que se reúne mais uma vez, no próximo sábado (23) pela manhã, para discutir a situação da Ana Maria", explica Edmilson.

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Tanto ele quanto o presidente estadual do PT, deputado estadual Ênio Verri, sustentam que Ana Maria deverá receber uma punição mais dura depois desta reunião do final de samana. "Lembrando que, se ela for expulsa, vai acabar perdendo o mandato também", alerta Verri. Segundo ele, mesmo assim, a vereadora poderia recorrer ao diretório nacional do partido. O advogado de defesa da vereadora, Fernando Madureira, afirma que ela não vai se afastar do mandato. "É um direito dela. Mesmo que o partido decida por expulsá-la, terá que entrar com uma ação judicial e obter ganho de causa para retirar o mandato dela", sustenta.