Os vereadores de Curitiba aprovaram ontem a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2008. O texto prevê um orçamento para o próximo ano de R$ 3,15 bilhões.

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A LDO foi aprovada praticamente sem modificações no texto original proposto pela prefeitura. Um acordo feito entre a administração municipal e a base de apoio garantiu que só quatro emendas, que não alteraram significativamente o texto original, fossem aprovadas. Já a bancada do PT, que é de oposição, apresentou 33 emendas. Todas foram rejeitadas.

Os vereadores poderão, porém, acrescentar emendas na Lei Orçamentária, que será votada em dezembro. Nos dois últimos orçamentos, os vereadores tiveram uma cota, no orçamento, de R$ 200 mil em 2006 e R$ 300 mil em 2007, para apresentar emendas para projetos de livre escolha.

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De todos os 38 vereadores, apenas a vereadora Professora Josete (PT) não tem aceitado o sistema de cota. Ela também não concorda em não haver emendas na LDO. "Quando disputei a vaga de vereadora fiz isso porque tinha um projeto político e todas as emendas que apresento são fruto de discussões. É um direito legítimo que tenho como parlamentar de querer discutir os projetos", disse Josete.

No último ano do atual mandato do prefeito Beto Richa (PSDB), 2008, o orçamento de Curitiba irá crescer 3,18%. Porcentual bem mais baixo do que o de 2007, comparado a 2006, que foi 10,38% maior. A prefeitura alega que a redução das verbas provenientes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a suspensão dos recursos do Fundo de Desenvolvimento Urbano (FDU), repassados pelo governo do estado por meio de empréstimo para obras e ações urbanas, ajudaram a diminuir o crescimento orçamentário. Os recursos do BID vão diminuir dos R$ 110 milhões, aplicados em 2007, para R$ 44 milhões em 2008. O dinheiro é usado nas obras da Linha Verde e dos binários.

A prioridade de investimento da prefeitura para 2008 é a área social, que irá receber 50% do orçamento. Em seguida vem o custeio da máquina municipal e outros setores, que ficam com 29% do orçamento . Os gastos com obras e manutenção da cidade irão receber 15% e o pagamento de dívida consumirá 6%.