A Câmara Municipal de Curitiba aprovou o Programa de Apoio e Incentivo à Cultura que substitui a Lei de Incentivo à Cultura, em vigor há 12 anos. O novo programa inclui a avaliação dos projetos por mérito e a contrapartida social dos projetos que se valerem da lei.

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Através do programa, produtores culturais podem captar recursos através de incentivos fiscais (mecenato subsidiado), ou através do Fundo Municipal de Cultura, criado pela nova lei. O mecenato subsidiado estabelece um limite de 1,5% da arrecadação de ISS e IPTU do município para financiamento da cultura através de renúncia fiscal da prefeitura. As empresas deixam de pagar os tributos e repassam o montante para projetos como espetáculos teatrais, livros, vídeos, filmes, exposições, CDs, cursos, palestras, concertos, shows e projetos que resgatem a memória e as tradições do município.

Os projetos para o mecenato subsidiado serão avaliados por uma comissão formada por oito representantes da Fundação Cultural de Curitiba, sete da comunidade artística organizada, sete de livre escolha do prefeito e dois representantes dos incentivadores. Cada projeto aprovado terá dois anos para captar recursos e mais seis meses para ser executado.

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A elaboração do programa vem sendo discutida desde o início do ano por uma comissão formada pela Fundação Cultural, que teve a participação da classe artística, e de vereadores que integram a Comissão de Cultura da Câmara. "A lei atual foi fundamental para o desenvolvimento da cultura no município, mas precisava sofrer adequações", disse o vereador André Passos (PT), integrante da comissão.

Em agosto, a Câmara Municipal realizou uma audiência pública e 18 sugestões colhidas na audiência foram transformadas em emendas, de comum acordo entre todas as bancadas da Câmara.

A fila com 754 projetos que esperavam o benefício da lei foi zerada neste mês. Ainda não há prazo para abertura do próximo edital. "Teremos agora um período de transição de dois anos, que é o prazo previsto para captação de recursos dos projetos aprovados agora. Depois disso começa uma nova fase com as novas regras", disse Paulino Viapiana, presidente da FCC.