Depois de votarem o orçamento 2006 dentro de um acordo feito com a prefeitura, os parlamentares municipais cobram do prefeito a execução das emendas. Pelo acordo, cada vereador apresentou propostas de execução de obras e ações no valor máximo de R$ 200 mil. Ontem, durante a abertura dos trabalhos do Legislativo municipal, o prefeito Beto Richa disse que pretende manter a boa relação com os vereadores e prometeu cumprir todas as emendas aprovadas pela Câmara Municipal.
O prefeito tem ampla base de apoio na Câmara. Dos 38 vereadores, só os três, do PT declaram ser de oposição e mesmo assim o prefeito não tem encontrado resistência na bancada petista para aprovar suas propostas. No ano passado, todas as 81 mensagens do prefeito foram aprovadas e dos 20 vetos do Executivo a projetos de lei aprovados, 19 foram confirmados pelos vereadores. "A convivência harmônica e respeitosa entre o Poder Legislativo e o Executivo, que marcou o ano de 2005, está presente neste momento em que os trabalhos de 2006 são reabertos", disse Richa.
O líder do prefeito na Câmara, vereador Mário Celso Cunha (PSDB), disse que o prefeito tem tratado todos os vereadores com igualdade e lembrou o processo de aprovação da Lei Orçamentária de 2006. "O orçamento negociado foi um fato inédito e agora esperamos que a prefeitura execute as emendas aprovadas", disse.
O vereador André Passos (PT) disse que a oposição estará atenta, principalmente para as emendas de reforma e construção de creches. "O acordo que fizemos foi um voto de confiança. Agora vamos cobrar a execução das propostas", disse.
O prefeito confirmou que não faltará com sua promessa. "As emendas foram disciplinadas e contemplam, na sua totalidade, os interesses da cidade de Curitiba. Emendas que serão integralmente cumpridas e executadas pela Prefeitura de Curitiba", disse.
Beto Richa também falou sobre a reforma do secretariado, anunciada na semana passada. Dois vereadores que eram titulares de secretarias, Pastor Valdemir Soares (PL), na Cohab, e Rui Hara (PSDB) na de Assuntos Metropolitanos, deixaram a secretaria para concorrer nas eleições de outubro. As bancadas do PSDB e do PL esperavam que eles fossem substituídos por outros vereadores, o que não foi confirmado. Beto disse que a reforma teve dois objetivos: "Em primeiro lugar, liberar os secretários que manifestaram o desejo de concorrer nas próximas eleições. Antecipamos o prazo de 31 de março para evitar que preocupações eleitorais pudessem se confundir com os interesse da gestão municipal. Em segundo lugar, a reforma teve o objetivo de conferir um novo ritmo à administração".
Comissões
A composição das comissões internas da Câmara foram acertadas entre os líderes dos partidos na tarde de ontem. Os vereadores que pretende se candidatar para as eleições deste ano não puderam ocupar a presidência das comissões. "Segunda-feira vamos homologar os nomes", disse Mário Celso. O PT vai presidir a Comissão de Urbanismo, com a vereadora Roseli Isidoro. O pedetista Jairo Marcelino vai para a presidência da Economia. Celso Torquato (PSDB) a de Legislação e Tico Kuzma (PPS) a de Educação. A comissão de Participação Popular será presidida por Sabino Pícolo (PFL), Serviço Público por Jair César (PTB) e Ângelo Batista (PP) e Valdenir Dias (PMDB) continuam nas de Saúde e Segurança Pública.
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