O processo que investiga a conduta da vereadora de Ponta Grossa, Ana Maria Branco de Holleben, acusada de autossequestro, vai continuar. Em sessão extraordinária realizada no início da noite de segunda-feira (24), 17 vereadores votaram contra o pedido da Comissão Parlamentar Processante (CPP) que pedia o arquivamento do processo. Apenas os três membros da CPP, votaram pelo fim das investigações. Houve ainda uma abstenção e dois suplentes não compareceram para votar
Horas antes do início da sessão, manifestantes lotaram a Casa. Aproximadamente 200 pessoas acompanharam a sessão nas galerias da Câmara Municipal. Com faixas, cartazes e palavras de ordem, os manifestantes pediam para que os vereadores votassem pelo não arquivamento da CPP que investiga se Ana Maria quebrou decoro parlamentar ao não comparecer a votação da Mesa Executiva, em janeiro.
Quando os trabalhos foram abertos, os populares cantaram o hino nacional e pediram a expulsão de Ana Maria. Antes do início da votação, o suplente da parlamentar, José Nilson Ribeiro (Nilsão) se absteve de votar.
Voto a voto, os populares comemoravam. Foram 17 votos contrários ao pedido de arquivamento. Sob vaias e xingamentos, Márcio Schirlo, Rogério Mioduski e Júlio Kuller foram os únicos parlamentares que votaram a favor do fim das investigações.
Com o resultado, a Comissão Processante deve dar continuidade aos trabalhos e apresentar um relatório final em agosto. "Agora vai ser feita a fase de instrução. A vereadora vai ser notificada novamente sobre essa decisão e dentro desses 90 dias - que começou a contar no dia em que a Comissão foi instaurada - será feita essa avaliação", explica o presidente da Câmara, Aliel Machado.
Segundo ele, a CPP deve entregar um relatório final que será levado novamente para apreciação dos parlamentares.
Populares querem saída de Ana Maria
Munidos de faixas, cartazes e bandeiras, populares que lotaram a Câmara Municipalnesta segunda-feira (24) pediram a expulsão da vereadora Ana Maria Branco de Holleben, acusada de autossequestro."Acredito que com a pressão popular, os vereadores resolvam tirar a Ana Maria", pedia Lucélia Rodrigues, antes do início da sessão.
Para Thiago Juliano Souza, a presença maciça da população é uma forma de cobrar o Legislativo. "Espero que não acabe em pizza. A vereadora tem que pagar pelos atos dela e os vereadores tem que cumprir o seu papel".