Sete vereadores do PSDB de São Paulo anunciaram nesta segunda-feira (18) a saída do partido. De acordo com eles, a decisão foi tomada em razão da dificuldade em dialogar com o grupo ligado ao novo presidente do diretório municipal, Júlio Semeghini. O grupo inclui o atual presidente da Câmara Muncipal, José Police Neto, e os vereadores Gilberto Natalini, Juscelino Gadelha, Ricardo Teixeira, Dalton Silvano, Adolfo Quintas e Souza Santos. "Queremos comunicar nosso desligamento do partido neste momento", disse Natalini, em entrevista realizada no Auditório Tiradentes da Câmara Municipal de São Paulo.
No dia 10, os integrantes elegeram o atual secretário estadual de Gestão, Júlio Semeghini, fiel ao governador Geraldo Alckmin, para a presidência do partido. A bancada de vereadores abandonou a reunião argumentando que não foi atendida a reivindicação para que ficasse com a secretaria-geral. Uma nova tentativa de acordo foi feita na quinta-feira (15), sem sucesso.
Na quinta-feira, os vereadores estavam confiantes na possibilidade de acordo, com a cessão de espaço para três parlamentares paulistanos na secretaria-geral, na primeira tesouraria e de um vogal, mas a reunião terminou sem acordo.
Semeghini foi aliado do governador Geraldo Alckmin quando ele enfrentou resistência dentro do PSDB a seu nome como candidato do partido à Prefeitura de São Paulo nas eleições de 2008. Na época, parte dos vereadores apoiou o então candidato do DEM, Gilberto Kassab. Semeghini ocupa o lugar do atual presidente do PSDB de SP, José Henrique Reis Lobo.
Em entrevista à Rádio CBN na manhã desta segunda-feira (18), Semeghini ainda tinha esperanças de manter os vereadores. Ele negou, inclusive, que houvesse uma crise no PSDB.
Apesar da saída, os vereadores não anunciaram seu futuro político. O recém-criado PSD, do prefeito Gilberto Kassab, pode atrair parte dos vereadores.
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