Pela primeira vez em mais de 20 anos, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro terá uma frota própria de veículos para os vereadores cariocas. E a direção da Casa já tem um modelo em mente para os carros oficiais: a mais recente geração do Volkswagen Jetta. Os parlamentares escolheram a versão mais simples, Confortline, com preço de mercado a partir de R$ 65 mil, mas as 51 unidades - uma para cada vereador - devem ser compradas à vista, com desconto.

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Cinco parlamentares já anunciaram que não vão usar o carro, mas precisam tornar essa decisão oficial, por escrito. A Mesa Diretora da Câmara queria comprar outro carro da VW, o Bora, usado na Assembleia Legislativa fluminense. O modelo, porém, não é mais vendido no Brasil.

"Resolveram (constituir a frota) de uma hora para outra", disse o vereador Paulo Pinheiro (PPS), um dos não querem usar os carros oficiais, após ser informado pelo jornal O Estado de S. Paulo da escolha do modelo. "Isso já ocorreu dois ou três anos atrás. A pressão da opinião pública veio, e eles desistiram", lembrou.

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Também já disseram que não aceitarão automóvel da Câmara os vereadores Leonel Brizola Neto (PDT), Eliomar Coelho (PSOL), Andreia Gouvêa Vieira e Tereza Bergher (ambas do PSDB). "Não me interessa carro", afirmou Tereza. Andreia disse não ver necessidade de automóveis para a Câmara. "O mais grave é que a maioria dos vereadores realmente acredita que esse é um direito líquido e certo."

A opção pelo Jetta foi confirmada por três fontes com acesso à cúpula da Casa. O presidente da Câmara, Jorge Felippe (PMDB), não quis dar entrevista. Em nota, a Casa afirmou que "o ato para aquisição dos carros será divulgado através de publicação no Diário Oficial" e negou que a escolha do modelo já estivesse definida.