Dos vereadores da atual legislatura que foram reeleitos em Curitiba, apenas nove declararam apoio ao prefeito eleito Rafael Greca (PMN) durante a campanha eleitoral. É justamente desse grupo que saem os nomes mais fortes na disputa para a presidência da Câmara Municipal e para o cargo de líder do prefeito. Apesar de as articulações estarem apenas no começo, já é possível perceber que os vereadores novatos não terão espaço para os dois postos de maior destaque na Câmara.
Para presidir a Casa, os nomes mais cotados pelos parlamentares são, por enquanto, Sabino Picolo (DEM) e Serginho do Posto (PSDB). Os dois vereadores integraram a coligação que elegeu Greca e já têm a experiência de mais de três mandatos.
Sabino Picolo confirmou seu interesse em lançar seu nome como uma opção para presidir a Casa. “As pessoas têm me procurado, manifestando apoio; partidos de oposição e de situação. Eu falei com os vereadores que me proponho a ser um pré-candidato a presidente desde que seja para uma união da Casa, que a gente possa trabalhar junto e fazer um bom trabalho para a cidade”, disse.
Serginho do Posto ainda não confirma claramente a candidatura, mas deixa essa opção aberta. “Estou sendo muito cauteloso. Eu fico à disposição, mas não fiz contato com os vereadores, por enquanto. Nos próximos dias devo ter um posicionamento mais concreto; prefiro fazer uma conversa interna com o partido para construir a partir daí”, afirmou o vereador.
Outro nome que está sendo sondado para o cargo é o da vereadora Julieta Reis (DEM), também da base de Greca. Entretanto, apesar de ser apontada pelos pares como um bom nome para a disputa, ela disse não ter interesse. “Não tenho aspirações. Eu gosto de trabalhar, gosto de fazer articulação da boa política, mas não almejo a presidência.”
Liderança
Um vereador que também é citado pelos pares para alguma posição de destaque é Pier Petruzziello (PTB), que no primeiro turno integrou a coligação de Gustavo Fruet (PDT) e depois apoiou Greca. Apesar de cotado por alguns para a presidência, Petruzziello é mais frequentemente apontado pelos pares como um perfil adequado para assumir a liderança do prefeito. Ele confirma o interesse pelo cargo e diz que está em condições de fazer a interlocução da prefeitura com os partidos da base e também da oposição.
Primeiro desafio de greca
Em entrevista à rádio CBN na segunda-feira (31), Rafael Greca afirmou que vai pedir aos vereadores que não aprovem a Lei de Zoneamento. O projeto foi enviado pela prefeitura à Câmara Municipal em 26 de outubro e a expectativa da atual gestão é que ele seja aprovado até o fim de 2016.
Para Greca, é importante que os vereadores não aprovem a nova lei para que ele possa participar da discussão. “Desconfio que entregaram a cidade a interesses imobiliários alheios à nossa história”, disse Greca.
O pedido não parece encontrar muita resistência na Câmara. O líder do prefeito Gustavo Fruet, Paulo Salamuni (PV), não é contrário à ideia. “Vou conversar com Fruet e estou disposto a conversar com o Greca, não há problemas em dialogarmos de uma forma democrática e republicana.”
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura