Em pouco mais de um mês, a Câmara de Curitiba deve eleger seu novo presidente. A previsão é que a votação ocorra por volta do dia 15 de dezembro. Até o momento, três nomes aparecem como prováveis candidatos: Aílton Araújo (PSC), Pedro Paulo (PT) e Pastor Valdemir (PRB). Correm por fora Sabino Picolo (DEM) e Zé Maria (SD), que negam ser candidatos, mas são vistos por colegas como prováveis concorrentes. O cenário ainda é bastante incerto, mas os rumores sobre a votação já tomam conta dos bastidores da Câmara.
A relação dos vereadores com a mesa diretora deve ser o fator mais decisivo na votação. Há entre parte dos vereadores e dos servidores uma forte resistência ao atual presidente, Paulo Salamuni (PV). A decisão, por exemplo, de não pagar a defasagem salarial causada pela transição da Unidade Real de Valor (URV) ao real desagradou aos servidores e vereadores, assim como a implantação do ponto eletrônico aos funcionários efetivos.
Outros vereadores, porém, temem um retrocesso na agenda positiva implantada desde a gestão de João do Suco, em 2012. Após escândalos envolvendo contratos de publicidade feitos durante a gestão de João Cláudio Derosso, que presidiu a Casa entre 1997 e 2012, a Câmara reduziu gastos, cortou cargos e aumentou sua transparência.
Situação e oposição
Primeiro-secretário, Aílton aparece como um candidato de situação. "Quero manter os avanços da nossa gestão. Se dermos passos em falso, todos nós seremos prejudicados", afirma. Ele acusa outros candidatos, sem citar nomes, de fazer falsas promessas em relação à URV e ao 13.º salário dos vereadores para tentar ganhar votos.
Líder do prefeito Gustavo Fruet (PDT), Pedro Paulo diz que ainda não é candidato, mas coloca seu nome à disposição para "construir uma proposta adequada" de continuidade. "A atual gestão teve muitos avanços, mas alguns desafios ainda permanecem. Esse momento é de reflexão e diálogo." Ele diz buscar uma composição com outros partidos da base aliada de Fruet.
Já Valdemir tem mais simpatia de setores contrários à atual gestão. Ele afirma que já tem votos suficientes para ser eleito presidente da Casa. "Hoje tenho o voto de 22 vereadores, podendo chegar a 25. Só perco essa eleição se houver interferência da prefeitura ou do governo do estado."
Correndo por fora
Picolo, por outro lado, nega ser candidato, mas pode acabar se beneficiando do "tiroteio" entre os mais cotados. "Só serei candidato se a Casa não tiver consenso sobre os nomes que estão aí", diz o vereador, que foi presidente interino entre 2011 e 2012. Já Zé Maria prefere não se manifestar sobre o assunto.
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