A ação impetrada por um grupo de eleitores que pediam o impeachment do prefeito de Cascavel Edgar Bueno (PDT) foi rejeitada por 10 a 4 em sessão realizada na tarde desta terça-feira (9) na Câmara de Vereadores. A ação foi motivada por denúncias de superfaturamento na aquisição de uniforme escolar.
Apesar de estar em horário de expediente normal, a prefeitura mobilizou servidores municipais que começaram chegar ao plenário do Legislativo duas horas antes da votação. Exibindo faixas e adesivos nas roupas com apoio ao prefeito, aproximadamente 300 pessoas, a maioria funcionários da prefeitura, aplaudia os vereadores contrários à investigação e vaiavam os opositores. Guardas municipais impediram a entrada de manifestantes contrários ao prefeito alegando que não havia mais espaço no plenário.
Logo no início dos trabalhos a sessão precisou ser interrompida porque o grupo barrado começou a protestar batendo forte na porta do plenário. O Pelotão de Choque da Polícia Militar foi acionado, mas não precisou interferir na segurança.
O prefeito Edgar Bueno acompanhou a votação de seu gabinete e comemorou com os servidores municipais a vitória. Fogos de artifício foram disparados durante aproximadamente cinco minutos no pátio da prefeitura.
Após a votação, os servidores cruzaram a rua e retornaram ao prédio da prefeitura onde foram recebidos pelo prefeito Edgar Bueno. O clima era de campanha política antecipada. Aos gritos de "Edgar 2012" os manifestantes cantavam e abraçavam o prefeito.
Bueno disse que estava tranquilo com relação a votação e tinha certeza de que o pedido de cassação não passaria pelo crivo dos vereadores. "O povo repudiou essa história de querer cassar sem investigar", frisou. Segundo ele, o movimento foi orquestrado por adversários que pretendem enfraquecê-lo politicamente, de olho nas eleições do ano que vem. Denúncia
A denúncia de superfaturamento na compra de uniforme escolar foi feita pelo vereador Julio Cesar Leme da Silva (PMDB) que no mês passado apresentou documentos mostrando que os tênis que fazem parte do kit foram comprados pela prefeitura de Cascavel por R$ 47. Em Arapoti, a mesma compra custou R$ 13, uma diferença de 261%.
O prefeito chegou a suspender uma das parcelas do pagamento à empresa vencedora da licitação e criou uma comissão interna para investigar o caso. Trinta dias após o início dos trabalhos, a comissão ainda não emitiu parecer sobre o suposto superfaturamento. Bueno disse que as investigações continuam e se for necessário a empresa será punida. Apesar de a Câmara arquivar a ação, o caso continua sob investigação no Ministério Público Federal Estadual e na Polícia Federal.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano
Deixe sua opinião