• Carregando...

As definições sobre candidatos e alianças no Paraná só devem começar a partir de 10 de abril. A manutenção da regra da verticalização na quarta-feira deixou os partidos de mãos atadas até que sejam acertadas as alianças nacionais. Por enquanto, estão mantidas as pré-candidaturas a governador de Roberto Requião (PMDB), Flávio Arns (PT) e Rubens Bueno (PPS). A novidade pode estar no PDT e no PSDB, que trabalham para formar uma frente de oposição.

Como a verticalização dificulta a candidatura ao governo do senador Osmar Dias ( PDT), o PSDB estuda lançar o deputado federal Gustavo Fruet (PSDB) à sucessão de Requião. O PFL e o PP fazem parte do mesmo projeto político.

O grupo já definiu que se o candidato não for Osmar Dias será um tucano. "Com a verticalização, ganhamos mais um reforço para a luta pela candidatura própria", disse o presidente estadual do PSDB, Valdir Rossoni.

Para o presidente do PFL do Paraná, Abelardo Lupion, o assunto será decidido por todo o grupo, que vai estar unido na campanha. "Tivemos uma conversa muito franca. Se o PDT lançar candidato a presidente, o Osmar fica com problema ético porque não poderá fazer palanque para o PSDB. Então, se o Osmar puder ser candidato ótimo, mas se tivermos que buscar outra opção vamos fazer isso, inclusive com a participação do senador", disse Lupion. "Mas não podemos fazer absolutamente nada sem definição nacional, temos essa dependência de instâncias superiores", emendou.

No PMDB, a manutenção da regra não deve ter reflexos no Paraná. "Por enquanto nossos planos são os mesmos: trabalhar pela reeleição de Roberto Requião (PMDB)", disse o presidente estadual do partido, Dobrandino da Silva. No plano nacional, no entanto, o deputado prevê que a candidatura própria de Anthony Garotinho (PMDB) fica mais difícil porque a ala governista vai insistir em deixar o partido livre para costurar as alianças mais convenientes nos estados.

O fato de vários partidos ficarem liberados na campanha faz o presidente estadual do PPS e pré-candidato a governador, Rubens Bueno, acreditar que leva vantagem. "Com a verticalização teremos poucos candidatos a presidente e vamos ter chance de fazer melhores coligações com partidos grandes e médios", avalia Bueno. O PPS, segundo ele, mantém a candidatura de Roberto Freire à Presidência da República e está buscando apoios.

Para Rubens Bueno, o grande desafio para os partidos menores será fechar boas alianças não só para garantir a vitória nas urnas, mas para superar a cláusula de barreiras.

Pela lei, o partido que não obtiver pelo menos 5% de representatividade na Câmara dos Deputados, ficará sem 99% do fundo partidário e perderá espaço no horário de propaganda gratuita no rádio e na tevê. Em vez dos 20 minutos semestrais, o partido ficará com 2 minutos.

Nas eleições de 2002, o PPS não atingiu a marca exigida pela cláusula de barreiras. Apenas sete dos 29 partidos existentes no Brasil conseguiram, entre eles o PT, o PSDB, o PFL, o PP e o PMDB. Outros partidos como PSB e PDT, embora tenham atingido o índice na última eleição, correm o risco de ficar abaixo do exigido.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]