• Carregando...

A veterinária Márcia Lilian Pereira de Lima, de 26 anos, e sua estagiária Gabriele Fontenele, de 20 anos, relataram à polícia terem vivido três horas de pânico ontem num prédio no Jardim Botânico. Chamadas para prestar atendimento ao hamster de uma cliente, as duas teriam sido mantidas em cárcere privado por uma mulher e dois jovens num apartamento em um prédio da Rua Pio Corrêa. Márcia diz que foi amarrada, ameaçada de morte e teve os cabelos cortados.

Segundo Márcia, um homem, que se identificou como Felipe, ligou para seu consultório solicitando o atendimento na quinta-feira à noite. Ela contou que, ao chegar com sua estagiária ao local por volta de meio-dia, se deparou com a ex-cliente Cláudia Marinho, moradora da Barra da Tijuca. Há duas semanas, de acordo com Márcia, Cláudia fazia-lhe ameaças pelo telefone, alegando que ela havia atendido mal uma coelha de estimação.

A veterinária contou na 15 DP (Gávea) que esteve na casa de Cláudia, há 15 dias, para tratar do animal, que tinha sarna nos ouvidos. Na ocasião, Márcia fez uma aplicação de Natalene. Dias depois, Cláudia teria voltado a telefonar para dizer que o remédio era tóxico e poderia matar o animal.

- Eu tratava a coelha há um ano. Naquela vez, apliquei o medicamento que é usado no Brasil há dez anos. O remédio não oferece risco se usado em pequenas quantidades - alegou a veterinária.

Márcia afirmou que o animal está vivo e passa bem, mas, desde então, passou a receber ligações de Cláudia com ameaças.

Ela acredita que as agressões que sofreu ontem foram uma espécie de vingança. Ela afirmou que Cláudia e a filha a ameaçavam, enquanto um rapaz segurava a estagiária. A veterinária afirmou que Cláudia usou duas facas para obrigá-la a tomar o mesmo medicamento que ela havia receitado para a coelha. Após várias agressões físicas e verbais, ela conta ter sido amarrada e trancada num quarto. A versão foi confirmada pela estagiária Gabriele.

- Cláudia estava transtornada. Colocou uma faca no meu pescoço e depois cortou meus cabelos com a tesoura. Disse ainda que nada iria acontecer pois ela era casada com um juiz - relatou a veterinária.

A veterinária disse que, após libertá-la, os agressores fugiram em seu Peugeot 106. A estagiária foi deixada na Tijuca. Cláudia está sendo procurada pela polícia e poderá responder por cárcere privado, seqüestro e roubo. A filha de Cláudia esteve na 15 DP, mas não quis falar sobre as acusações.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]