Os deputados estaduais aliados do governo discutirão nesta semana se derrubam ou não o veto do governador Roberto Requião (PMDB) ao pagamento de gratificações de nível superior para servidores de nível técnico do Tribunal de Contas do Estado (TC) – aprovado pela Assembleia Legislativa em dezembro do ano passado.

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O texto aprovado liberou o pagamento de adicional de 50% sobre o salário dos funcionários de nível técnico que desempenham funções de nível superior. Mas Requião vetou o artigo no fim de janeiro. Na justificativa do veto, o governador argumentou que "não é possível que o servidor público receba outra modalidade de vantagem remuneratória diferente do cargo pelo qual prestou concurso, ou seja, de grau de instrução diverso".

Não é a primeira vez que Re­­quião barra a tentativa do TC de legalizar o pagamento do adicional. Pela Constituição Federal, servidores que passam em concurso para exercer cargos de nível técnico não podem ser promovidos para carreiras de nível superior, sem novo concurso público.

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Em 2008, o TC insistiu na legalização do pagamento e enviou um projeto semelhante, que foi aprovado pelos deputados. O governador vetou o mesmo artigo e a Assembleia manteve o veto.

Agora, a postura da base aliada é de dúvida. "Vou reunir a bancada para poder analisar. O impacto financeiro da implantação da medida é muito alto. Tem de ver se o TC tem dinheiro. É um tema complicado", admite o líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), ao lembrar que as adequações no plano de carreira devem gerar uma despesa anual de R$ 23,6 milhões. (KC)