Os diretores das concessionárias Viapar e Caminhos do Paraná, que administram, respectivamente, os lotes 2 e 4 dos trechos sob concessão no estado, foram ouvidos na sessão da CPI do Pedágio desta terça-feira (12), na Assembleia Legislativa (Alep). Esta é a terceira sessão em que prestam depoimentos responsáveis pelas empresas concessionárias.
Ruy Sergio Giublin, da Caminhos, e Marcelo Stachow Machado da Silva, da Viapar, teriam afirmado a existência de um acordo com membros do governo para reduzir o valor da tarifa e retomar algumas obras nas rodovias que haviam sido retiradas do contrato original, segundo o presidente da CPI, Nelson Luersen (PDT).
Luersen disse que apesar de os diretores tem admitido a possibilidade de reduzir o valor dos pedágios, nenhum deles falou em previsões de corte na tarifa, pois tal procedimento precisa antes ser debatido entre todos os responsáveis pelas concessionárias e também pelo governo.
Nenhum deles citou quem são os representantes do governo nessa negociação. Para o deputado, estariam incluídos no grupo membros do Departamento de Estradas e Rodagem (DER) e da Agência Reguladora do Paraná (Agepar).
De acordo com o deputado, das quatro empresas ouvidas até o momento, a Caminhos do Paraná foi a que menos descumpriu as medidas previstas no contrato original de concessão. Isso porque, entre todas, ela foi a única, até então, que manteve a realização integral das obras de duplicação previstas no primeiro contrato firmado com as concessionárias. "Apesar de tirarem algumas obras que criavam a terceira faixa em alguns pontos, mantiveram as duplicações previstas", disse Luersen. Essas obras contemplam 44 quilômetros de duplicação na BR-376 e 42 quilômetros na BR-476.
A Viapar, por sua vez, teria retirado do contrato original, por meio dos aditivos de 2000 e 2002, a duplicação de 83 quilômetros entre Campo Mourão e Cascavel.
A Comissão tem até o dia 2 de março para encerrar as investigações sobre as concessões de pedágio no estado.
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