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Gleisi Hoffmann (PT-PR), senadora ; Aloysio Nunes (PSDB-SP), senador | Moreira Mariz/ Agência Senado
Gleisi Hoffmann (PT-PR), senadora ; Aloysio Nunes (PSDB-SP), senador| Foto: Moreira Mariz/ Agência Senado

Os senadores Aloysio Nunes (PSDB-SP) e Gleisi Hoffmann (PT-PR) discutiram ontem no Senado. Em discurso na tribuna, Aloysio, que foi vice na chapa do tucano Aécio Neves, acusou a presidente Dilma Rousseff (PT) de cometer "estelionato" durante a campanha. Ex-ministra da Casa Civil, Gleisi saiu em defesa da presidente.

O senador argumentou que Dilma mentiu sobre a situação econômica do país para conseguir ser reeleita. Aloysio criticou, por exemplo, o recente reajuste no preço dos combustíveis e o aumento na taxa de juros, medidas que foram colocadas em prática somente após o segundo turno.

"O que é o estelionato? O estelionato é um crime que consiste em obter para si ou para outrem vantagem ilícita em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro mediante artifício ardil ou qualquer outro meio fraudulento. Não foi isso, exatamente, no sentido rigoroso, político, que fez a presidente. Mas no sentido político, no sentido moral, foi isso, sim", disse.

Em seguida, Gleisi pediu a palavra e subiu à tribuna para defender a presidente: "Temos que respeitar a chefe da nação. As medidas tomadas por Dilma em nenhum momento contradizem suas ações de campanha. Não vejo base para vossa excelência vir aqui dizer que a presidenta é uma mentirosa ou uma estelionatária".

Ao pedir um aparte, Aloy­­sio disse que a presidente cometeu estelionato eleitoral, mas "não no sentido literal da palavra". "Durante a campanha, ela escondeu a situação real do Brasil, nada do que ela disse fazia supor que ela tomaria essas medidas após eleição." Gleisi afirmou que o aumento no preço da gasolina é algo que acontece todos os anos e que o governo não vai colocar em prática um tarifaço, como sugeriu o tucano. "O senhor não vai ver arrocho", disse.

A petista também aproveitou a discussão para alfinetar o tucano e dizer que estava na hora de ele reconhecer a derrota nas urnas e descer do palanque. "Eu já desci do palanque, estou no Senado. A minha função é ficar aqui e, com a força do meu mandato, fiscalizar o governo", rebateu Aloysio.

Água

No meio da discussão, a crise no abastecimento de água em São Paulo, governado pelo tucano Geraldo Alckmin, entrou em pauta. "Com todo o respeito, de nada adianta a gente ficar com ataques, estamos no momento de unir esforços. Temos que garantir o fim da seca em São Paulo", disse Gleisi. Aloysio, por sua vez, argumentou que esse problema não afeta somente São Paulo. "Essa é mais uma mentira, mais uma das enganações da presidente da República."

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