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Aloysio: Dilma não tem “autoridade moral” para pedir diálogo | Moreira Mariz/Agência Senado
Aloysio: Dilma não tem “autoridade moral” para pedir diálogo| Foto: Moreira Mariz/Agência Senado

Dois dias após a presidente Dilma Rousseff (PT) ter dado sinais de que está aberta para negociar com a oposição no segundo mandato, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), que era vice na chapa do tucano Aécio Neves à Presidência da República, afirmou ontem que rejeita participar de qualquer acordo com a petista. Para ele, Dilma não tem "autoridade moral" para propor diálogo. Em inflamado discurso da tribuna do Senado, o tucano disse que Dilma não pode dizer que "não sabia o que estava acontecendo" quando Aécio e ele sofreram ataques na internet de pessoas supostamente "a serviço do PT".

"[Não se pode] transformar as redes sociais em um esgoto fedorento para destruir adversários. Foi isso que fizeram", disse Aloysio. "Não diga a candidata Dilma que não sabia o que estava acontecendo. Todo mundo percebia as insinuações que fazia nos debates e os coros nos debates sociais, dizendo que o Aécio batia em mulheres, era drogado. Quem faz isso não tem autoridade moral para pedir diálogo. Comigo, não. Estende uma mão e, com a outra, tem um punhal para ser cravado nas costas", disse o tucano.

Aloysio Nunes disse também ter sido informado por familiares de que, nas redes sociais, o nome dele chegou a ser vinculado ao tráfico de drogas. "Eu fui pessoalmente agredido por canalhas escondidos nas redes sociais a serviço do PT, de uma candidatura. Eu devo essa satisfação à minha família, amigos e à nação. Não faço acordo. Não quero ser sócio de um governo falido, e nem cúmplice de um governo corrupto."

O tucano disse ainda que pretende discutir reforma política, como defendeu Dilma no discurso da vitória no domingo. Mas destacou que, antes, quer que sejam concluídas as investigações dos escândalos da Petrobras, para que não digam que há "corrupção na política porque faltam recursos de financiamento público para as campanhas".

Negativa

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), afirmou que "de nenhuma forma" o PT, como partido, ou Dilma teriam estimulado ou patrocinado qualquer tipo de agressão nas redes sociais.

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