O vice-governador do Paraná e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti (PMDB), explicou ontem aos deputados estaduais da base aliada que a autarquização da Emater é a saída "mais conveniente" para melhorar o funcionamento da empresa. Durante reunião no gabinete do líder do governo, Dobrandino da Silva (PMDB), Pessuti disse que o Executivo vai insistir na votação do projeto que tramita na Assembléia Legislativa.
A mudança, segundo ele, não vai prejudicar os funcionários da empresa nem atrapalhar a prestação de serviços de assistência técnica e extensão rural a produtores, que é feita há 49 anos.
Os servidores são contra porque temem perder benefícios salariais e agilidade no trabalho. A oposição ao governo defende a retirada de pauta do projeto e caso o governo insista na votação, vai tentar buscar o voto de governistas para derrubar o projeto.
Pessuti justificou que a empresa enfrenta problemas financeiros e a autarquização seria a forma mais viável de garantir o bom funcionamento. "É preferível ter uma autarquia com potencialidade do que uma empresa em dificuldades", comparou.
O vice-governador lembrou ainda que 100% da folha de pagamento é custeada pelo governo do estado e os técnicos da Emater têm uma política salarial diferente da aplicada aos demais do funcionalismo.
Desde o início do mandato, segundo ele, o estado foi obrigado a pagar três dissídios coletivos, o que representa um aumento nos salários de 30%. "Os funcionários da Emater recebem reajustes, mas o governador não pode conceder a outras categorias. O estado não consegue montar uma política salarial dessa forma", disse Pessuti.
O argumento sobre uma suposta perda de agilidade na prestação de serviços também é contestado pelo secretário. Segundo ele, todas as compras da Emater já precisam ser submetidas ao governador e não haverá perda de autonomia.
O projeto da Emater tramita na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembléia e deveria ter sido votado no mês de junho. Temendo uma derrota por falta de consenso entre os deputados, o líder do governo, Dobrandino da Silva (PMDB), concordou em adiar a votação para depois do recesso parlamentar. Ainda não há previsão de quando será votado.
Durante a reunião com aliados, Pessuti também anunciou a liberação de investimentos de R$ 40 milhões este ano através do programa Paraná 12 Meses. Os recursos a fundo perdido do Banco Mundial serão repassados a prefeituras para ajudar pequenos produtores em quatro áreas principais: abastecimento de água, compra de resfriadores de leite e na aquisição de calcário e máquinas agrícolas.
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