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Esquema mineiro

STF analisa hoje denúncia contra Azeredo

Agência Estado

Brasília - O ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF), deverá propor hoje, no plenário da corte, a abertura de uma ação penal contra o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de ter cometido crimes de peculato e de lavagem de dinheiro durante a campanha pela reeleição ao governo de Minas Gerais, em 1998. Se a ação for aberta, Azeredo passará da condição de investigado à de réu no esquema do chamado mensalão tucano.

De acordo com a denúncia a ser analisada hoje pelo STF, os crimes teriam sido cometidos junto com outras pessoas, como o empresário Marcos Valério, durante a campanha. Na denúncia, o Ministério Público pede a abertura da ação contra Azeredo – o inquérito contra os outros acusados de envolvimento no esquema tramita em Minas Gerais.

Na denúncia, o MPF argumenta que houve desvio de recursos públicos das empresas Copasa, Cemig e Bemge, o que seria o embrião do mensalão petista, escândalo revelado em 2005.

Brasília - O deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), um dos vice-líderes do governo na Câmara, afirmou ontem que é um "'absurdo" ima­­ginar a existência do mensalão – esquema que envolveu integrantes de partidos da base aliada do governo para corromper congressistas. Em depoimento à Justiça Federal como testemunha, Albuquerque disse que nunca testemunhou negociação envolvendo compra de votos no Congresso. "Nunca houve compra de votos na relação do governo com a Câmara dos Deputados. Nunca testemunhei isso. Desconheço qualquer tipo de negócios em relação a votos. (...) Acho até absurdo que se possa imaginar que possa ter havido compra de votos na Câmara dos Deputados", disse. Albuquerque afirmou que o governo não teria necessidades de comprar votos porque tinha uma base ampla de apoio no Congresso. "A única coisa que sempre testemunhei foi um debate do ponto de vista político. Nunca me passou pela cabeça que tenha havido negociação com deputados em relação a votos. Seria algo desnecessário de se fazer. O governo sempre teve uma base ampla", afirmou. O vice-líder disse que ainda não conhecia o publicitário Marcos Valério, apontado como operador do mensalão, nem teve nenhum contato pessoal com o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, que são réus no processo do mensalão. Questionado sobre a relação financeira do PSB com petistas, o deputado afirmou que desconhecia "relações entre partidos antes e agora". Albuquerque afirmou ainda que tinha apenas uma relação institucuional com o ex-ministro e deputado cassado José Dirceu, também acusado no processo do mensalão. "Nunca testemunhei, estive presente ou ouvi falar sobre esse assunto que foi estampado pela mídia brasileira."

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