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Os 119 desembargadores do Tribunal de Justiça do Paraná elegeram ontem José Antônio Vidal Coelho como o novo presidente do órgão pelos próximos dois anos. A posse será no dia 1.º de fevereiro. Sua missão à frente do Poder Judicário no estado será modernizar o Tribunal e dar continuidade à perícia e auditoria interna relativas às denúncias de possíveis irregularidades nas obras do anexo do Palácio da Justiça.

A eleição foi disputada, e a decisão só ocorreu em segundo turno, quando Vidal Coelho derrotou Celso Rotoli de Macedo por 16 votos de diferença (66 a 50). No primeiro turno, Vidal havia obtido 46 votos, contra 39 de Rotoli e 33 de Ruy Fernando de Oliveira. Também foram eleitos ontem os desembargadores Antônio Lopes de Noronha (100 votos) como primeiro vice-presidente, José Resende (74 votos) como segundo vice, Leonardo Lustosa (85 votos) como corregedor-geral e, também em um segundo turno, Valdemir da Rocha como corregedor-adjunto.

"Este foi um reconhecimento aos quase 40 anos que tenho de Judiciário. Foi uma eleição difícil, mas eu esperava vencê-la. Agora, vamos trabalhar pela agilidade, modernização e informatização do Poder Judiciário no estado", afirmou Vidal Coelho. O magistrado defende uma nova lei federal que dimunua o número de recursos durante os processos e dê mais agilidade à Justiça.

Sobre as denúncias de irregularidades na construção do anexo do Palácio da Justiça, apresentadas pelos próprios desembargadores em relatório, o presidente eleito disse que não está muito por dentro da parte administrativa do Tribunal de Justiça. "Mas o que está ocorrendo de investigação deve ser levada até o fim." Segundo o candidato derrotado, a perícia interna tem de continuar.

As disputas entre Vidal Coelho e Celso Rotoli, no entanto, começaram bem antes da eleição de ontem. Enquanto o primeiro era o vice-presidente do Tribunal no período das autorizações para o início das obras do anexo, o segundo comandou a comissão que analisou e apontou possíveis irregularidades.

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