A Vigilância Sanitária do Distrito Federal informou ter interditado nesta segunda-feira (19) o restaurante do empresário Sebastião Augusto Buani, pivô de escândalo envolvendo o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti, por "falta de higiene" e "manipulação inadequada de alimentos".
Buani ficou conhecido em todo o país no ano de 2005 após confirmar ter pago, em 2003, "mesada" a Severino Cavalcanti quando este era primeiro-secretário da Casa. O episódio ficou conhecido como "mensalinho". Buani alegou que teria pago entre R$ 110 mil e R$ 120 mil a Cavalcanti para manter o contrato do restaurante que mantinha na Câmara dos Deputados. Depois que o empresário apresentou a cópia de um cheque que teria pago ao ex-presidente da Câmara, Severino Cavalcanti renunciou ao seu mandato.
O empresário Sebastião Buani afirmou nesta segunda-feira que a interdição, feita pela Vigilância Sanitária, foi "arbitrária" e representa "abuso de poder". Informou que vai recorrer da decisão na própria Vigilância Sanitária e, posteriormente, na Justiça. "Vamos pegar o laudo para ver qual foi o motivo. Em 35 anos de profissão, nunca tive um restaurante interditado", afirmou ele.
Apesar da interdição, que aconteceu na manhã desta segunda-feira, o restaurante continuava funcionando na parte da tarde no Ministério da Fazenda. Além deste estabelecimento, Buani também possui contrato para operar um restaurante no Ministério da Justiça. O restaurante que Buani possuía no Congresso Nacional foi fechado após as denúncias apresentadas contra Cavalcanti em 2005.
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