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Fiscais da vigilância sanitária de Belo Horizonte tentam identificar dados de uma farmácia que manipulava para a empresa Medicminas Equipamentos Médicos o anestésico Lidocaína, usado para exames de endoscopia. A distribuidora é responsável pela venda do medicamento à base de Lidocaína que pode ter provocado a morte de três pessoas e mal-estar em outras 12 na cidade de Itagiba, no sul da Bahia.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu por 90 dias a venda e o uso do anestésico. Estão incluídos na suspensão temporária da comercialização e uso os medicamentos Lidocaína spray 500 ml, Lidocaína 10% solução 500ml e Lidocaína 2% Gel 120g. A proibição é para todo o território nacional e os lotes estocados nos hospitais não poderão ser usados.

No sábado, dia 13, técnicos interditaram a distribuidora do remédio, com sede em Belo Horizonte. Os fiscais encontraram notas fiscais suspeitas na Medicminas e identificaram nova irregularidade. O anestésico vendido pela Medicminas era fabricado por um laboratório de manipulação que, por lei, é proibido de produzir em escala ou sem a apresentação de receita. De acordo com Teresinha Póvoa, da Vigilância Sanitária de Minas Gerais, os fornecedores retiravam o rótulo da farmácia de manipulação e reaplicavam o rótulo da Medicminas.

- Esta empresa vendeu o medicamento para outros estados, como Bahia, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Maranhão. Pernambuco, Distrito Federal e Minas Gerais - afirmou.

O materia encontrado no escritório da Medicminas - documentos e dois frascos do remédio - foi apreendido. No local, um prédio simples da periferia de Belo Horizonte, não há placas fazendo referência à atividade da distribuidora, apenas uma faixa com o nome e o número da sala. Os vizinhos, donos de outros pontos comerciais, dizem não conhecer os donos e até se surpreenderam com a existência de uma distribuidora de remédios no prédio. Segundo eles, ninguém apareceu no pequeno prédio de dois andares onde a empresa está instalada.

Os frascos do anestésico Lidocaína encontrados na sede dda distribuidora serão enviados para a Fundação Ezequiel Dias, em Belo Horizonte, para serem analisados. O resultado das análises deve ficar pronto em no máximo 30 dias. A Anvisa vai analisar ainda o lote suspenso e o resultado da autópsia nas vítimas para tomar uma decisão. Se ficar comprovada comocausa mortiso uso do remédio, os donos da distribuidora e do laboratório de manipulação podem responder solidariamente na Justiça por fabricação e venda ilegal de medicamentos.

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