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A Corrupção e a violência também te deixam envergonhado de ser brasileiro(a)? O que é preciso fazer?
A corrupção e a violência são os itens que mais envergonham os brasileiros, revela pesquisa do Instituto Sensus, encomendada pela Confederação Nacional do Transporte e divulgada nesta terça-feira (26). Realizada entre 18 e 22 de junho, a pesquisa ouviu 2 mil pessoas em 136 municípios de todo o país.
Para 41,3% dos entrevistados, a corrupção é o principal motivo de vergonha. A violência aparece em seguida, sendo citada por 17,1%. A pobreza é apontada por 12,7%.
De modo geral, a ampla maioria dos entrevistados (91,1%) disse ter orgulho de ser brasileiro. Apontam como motivo de orgulho as riquezas naturais (25,7%) e a solidariedade do brasileiro (19,5%). A política foi citada por apenas 0,3%.
Lula e o governo
O desempenho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem aprovação superior à do governo que ele comanda, informou a pesquisa.
De acordo com o levantamento, 64% dos entrevistados aprovam o presidente Lula e 29,8% o desaprovam. Na pesquisa anterior, a aprovação pessoal de Lula era de 63,7% e a desaprovação, de 28,2%.
A avaliação positiva do governo Lula ficou em 47,5% em junho, estável em relação ao levantamento de abril, quando havia sido de 49,5%. A variação negativa está dentro da margem de erro da pesquisa, de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Segundo o diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes, os números mostram que a figura de Lula está "isenta". "A pesquisa revela certa estabilidade positiva, apesar das conturbações de natureza política. A figura do presidente está isenta. A economia e os programas sociais ancoram esta estabilidade", avaliou Guedes.
Os dados mostram ainda que Lula tem a melhor aprovação pessoal desde fevereiro de 2005, quando registrou 66,1% de aprovação.
Vavá
Segundo o levantamento, 74,1% dos entrevistados disseram que têm acompanhado ou ouviram falar das denúncias contra o irmão mais velho do presidente Lula, Genival Inácio da Silva, o Vavá, indiciado pela Polícia Federal por tráfico de influência.
Para os que têm conhecimento das denúncias, 70,7% consideram que o episódio foi negativo para governo e para o presidente Lula. E 52,2% avaliaram que o presidente tinha conhecimento prévio do envolvimento de Vavá com tráfico de influência.
"O fato de o presidente ter conhecimento não significa conivência", ressaltou o diretor do Sensus, Ricardo Guedes.
Para 76,9%, o indiciamento do irmão do presidente foi correto e 67,1% consideraram que o vazamento das informações sobre as denúncias contra Vavá tiveram natureza política. Ainda segundo o levantamento, 75,1% disseram que acreditam nas denúncias de tráfico de influência supostamente praticado pelo irmão de Lula.
Violência
Os dados mostram que, para 76,1% dos entrevistados, a violência e a criminalidade estão fora de controle no país. Isso representa aumento de 4,6 pontos percentuais em relação a dezembro de 2004. Para 18,7%, a violência está razoavelmente controlada e apenas 3,7% disseram que está sob controle.
Assaltos, em casa ou na rua, e o tráfico de drogas são as principais ameaças para 38,4% e 31,7% dos entrevistados, respectivamente. Estupro (9%) e sequestro (7%) vêm em seguida. Segundo o levantamento, 31,6% disseram morar em cidades violentas.
Economia
Os entrevistados manifestaram na pesquisa confiança na economia. Para 47,5%, a política econômica tem sido conduzida de forma adequada, um aumento de mais de 11 pontos percentuais na comparação com agosto do ano passado. Por outro lado, neste período, caiu de 46,3% para 40,6% o número de pessoas que consideram inadequada a condução da política econômica.
Reforma política
Mais da metade (51,5%) dos entrevistados disseram que não têm acompanhado ou não ouviram falar da reforma política que está em discussão no Congresso Nacional. Somam 46,8% os que têm conhecimento do assunto. Destes, 50,5% se disseram favoráveis à fidelidade partidária, sendo que 40,7% são contrários.
Entre os que acompanham a discussão da reforma política, 75,2% declararam ser contrários ao financiamento público das campanhas eleitorais. Outros 18,7%, no entanto, se disseram favoráveis.
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