A Câmara dos Deputados colocou ontem em funcionamento um novo e mais rígido esquema de segurança nas dependências da Casa. E, logo na estreia, sindicalistas entraram em confronto com a Polícia Legislativa e com a Polícia Militar. A medida foi decidida após a invasão do plenário da Câmara, no último dia 21, por um grupo de policiais que pediam a votação da proposta que cria o piso nacional da categoria. Nos bastidores, também se comentava que as restrições impostas à entrada de manifestantes na Câmara têm por objetivo impedir que os deputados venham a ser alvo de protestos populares especialmente após a votação que manteve o mandato do deputado-presidiário Natan Donadon (ex-PMDB-RO).
Ontem, o conflito começou quando a polícia tentou impedir a presença de sindicalistas durante a sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na qual seria discutido o projeto de lei que permite que empresas promovam a terceirização de atividades-fim o que hoje é proibido. Um grupo de cerca de 20 manifestantes conseguiu invadir a sala da CCJ e entrou em confronto com os seguranças. Um manifestante foi detido. A sessão da CCJ foi adiada e o projeto acabou não sendo votado. Do lado de fora da Câmara, houve mais confusão entre cerca de 300 sindicalistas e policiais que faziam uma barreira para conter os manifestantes.
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