O governador José Serra disse na noite desta terça-feira (17) que a última coisa que o piloto do vôo JJ 3054 da TAM disse para a torre de controle foi "vira, vira, vira".
"Ele estava muito veloz para ter pulado a avenida sem bater nos postes. Ele quase caiu em cima da casa", disse Serra. "A parte visível do avião se desfez com o incêndio e com o choque".
Segundo o Procurador Rodrigo César Rebelo Pinho, Procurador Geral de Justiça de São Paulo, a operação de aterrissagem foi correta. "O avião pousou normal, mas não teve condição de fazer a parada, passou reto e se chocou com o prédio da frente", disse. "Nós estamos verificando como o acidente aconteceu para evitar a repetição da tragédia."
O G1 apurou de que a operação de pouso foi considerada normal também pelos controladores, que já haviam liberado a pista para um novo movimento quando houve o choque do avião. Fechamento de Congonhas
Serra disse que há possibilidade de que a Infraero feche o Aeroporto de Congonhas durante as investigações da causa do acidente. "Eu acho que ele vai ficar fechado para apuração, sem dúvida nenhuma", disse. Ele lembrou que há câmeras que focam a pista, o que pode ajudar no esclarecimento dos motivos da tragédia.
Ele afirmou em entrevista coletiva que foi informado de que são mínimas as chances de que passageiros tenham sobrevivido ao acidente com o vôo JJ 3054 da TAM, ocorrido na noite desta terça-feira (16). "O que os bombeiros me disseram que a chance é quase zero de sobreviventes dentro do avião", disse.
O prefeito Gilberto Kassab decretou luto oficial no município, em memória das vítimas do acidente.
Segundo Serra, o trabalho é "delicado". O governador disse que 12 pessoas foram levadas para hospitais e 12 foram encontradas inteiramente carbonizadas. Até agora, não foi encontrada nenhuma das caixas pretas por causa da dificuldade de acesso. O governador disse que a Polícia Civil e o Ministério Público abrirão um inquérito conjunto para investigar as causas do acidente.
Serra disse ainda que o governo de São Paulo vai prestar toda assistência necessária para ajudar as famílias das vítimas. "É uma das cenas mais trágicas que eu estou presenciando em toda minha vida. Um amigo meu estava no avião. É um homem otimista, valoroso, trabalhador. Nós temos muito o que chorar", disse, em referência deputado líder do PSDB na Câmara, em Brasília.
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