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Aproveitando a onda de indignação da sociedade causada pela revelação de que o Senado tinha 181 diretores, o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), apresenta nesta semana um projeto de resolução para atacar outro foco de gastos com dinheiro público. Ele quer cortar pela metade os cerca de 3 mil cargos comissionados da Casa. Com salários que variam de R$ 9,7 mil a R$ 12 mil, esses funcionários não passam por concurso público. O único critério exigido é que tenham o aval do senador ou do diretor do departamento em que vão atuar. Só na Diretoria-Geral do Senado, há 124 cargos de confiança.

Em outra frente, o primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), promete anunciar a extinção de mais diretorias. Na semana passada, ele demitiu 50 dos 181 diretores da Casa.

A Câmara, com 513 deputados, tem menos da metade de comissionados do Senado - que tem 81 parlamentares. Mesmo assim, o número de cargos sem concurso público é considerado alto. São 1.350 nas lideranças partidárias, comissões e Mesa Diretora. Além deles, cada deputado pode contratar até 25 secretários parlamentares sem concurso. São 11.500 assessores nessa situação.

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