PSC critica militantes contrários a Feliciano
Veiculado em rede nacional na noite de ontem, o programa de rádio e tevê do Partido Social Cristão (PSC) abordou logo na abertura a polêmica sobre a permanência do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. No início do vídeo, foram exibidas imagens de militantes contrários ao deputado erguendo cartazes com o termo "Fora Feliciano", fazendo apitaços e entoando vaias pelos corredores da Câmara.
Em seguida, o programa trouxe uma imagem de atores simbolizando uma família e o pronunciamento do vice-presidente da legenda, Everaldo Pereira, com críticas à atuação desses militantes. "Como você viu no começo do programa, tem muita gente que quer impor suas ideias gritando, xingando, fazendo bagunça. Nós, do PSC, sempre preferimos trabalhar de forma serena, tranquila e equilibrada", disse Pereira.
A visita do pastor evangélico e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) em Astorga (na região Noroeste do Paraná) atraiu a atenção de centenas de pessoas na noite de quinta-feira (23), quando celebrou um culto na Igreja Presbiteriana Renovada. A poucos metros de distância do templo, em uma outra rua, um pequeno grupo realizou um protesto pacífico para criticar a postura do parlamentar, acusado de homofobia e racismo.
Debaixo de chuva, o grupo formado por aproximadamente 15 pessoas apresentou cartazes com várias mensagens como: "Política e religião não se misturam", "Astorga diz não ao preconceito" e "Fora infelizciano". No entanto, as faixas não foram colocadas em frente ao templo.
Segundo um dos organizadores do protesto, Charles Kawasaki, a ação dos ativistas não era contrária a instituição religiosa, mas sim contra a postura de Feliciano, que em março assumiu a presidência da Comissão dos Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.
"Nós não somos contra a igreja ou contra o pastor, mas sim contra o deputado. Se ele tem preconceito, não deveria assumir aquela comissão", explicou.
Nas últimas semanas, manifestações contra a nomeação de Feliciano foram realizadas em várias cidades do Brasil. "Nós queremos mostrar que em Astorga também têm cabeças pensantes", ressaltou Paula Tovani, que ajudou a organizar o protesto.
Culto restrito
Feliciano chegou em Astorga por volta das 18h30 para participar do "Unção sem Limites 2013", evento que comemora o aniversário da Igreja Presbiteriana Renovada. Segundo alguns membros do grupo religioso, cerca de 400 fiéis acompanharam a celebração ministrada por Feliciano, que durou por volta de uma hora e meia. Entre os presentes no local, também estava o deputado federal Edmar Arruda (PSC-PR).
Por questão de segurança, a rua em frente a igreja teve o tráfego interditado. Seis policiais militares e duas viaturas estiveram nas proximidades para evitar uma possível confusão entre os manifestantes e os fiéis.
Em um determinado momento do culto, dois jovens que haviam participado da manifestação tentaram entrar na igreja para acompanhar a pregação de Feliciano, mas foram retirados por seguranças.
O acesso ao local também não foi permitido por equipes da imprensa, que tiveram de ficar na rua, ao lado de vários curiosos. Segundo a assessoria do parlamentar, Feliciano não quis dar entrevistas por estar no evento como pastor e não como deputado.
Estatal, orçamento e gabinete novo: a estratégia de Lira após deixar o comando da Câmara
Divórcio com mercado financeiro: Lula perde apoio de investidores para 2026
Lula grava vídeo andando no hospital e diz que está “firme e forte”
Por futuro de Lula, esquerda se antecipa e ataca Tarcísio de olho em 2026; assista ao Sem Rodeios