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O presidente da CPI mista da Petrobras, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), afirmou nesta quarta-feira que não descarta marcar o depoimento do doleiro Alberto Youssef para a próxima quarta-feira (22), às vésperas do segundo turno das eleições. A oposição cobrou ontem de Vital do Rêgo a presença do doleiro no mesmo dia em que a CPI vai ouvir o atual diretor de Abastecimento da estatal, José Carlos Cosenza.

O colegiado já havia aprovado um requerimento de convocação de Youssef e, pelo regimento do Congresso, cabe ao presidente da CPI marcar o dia do depoimento. Vital tinha sinalizado na terça-feira ser contrário a levar Youssef no momento à CPI. O senador argumentou que a presença do doleiro poderia ser improdutiva porque ele está participando, no momento, de um acordo de delação premiada. Ele citou o exemplo do ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, outro que fez um acordo de delação premiada, que no mês passado ficou calado durante depoimento aos parlamentares da CPI. Hoje, contudo, Vital disse que levar o doleiro, que está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR), à CPI está na ordem das "prioridades" dele. Ele disse que pode marcar o depoimento do doleiro para quarta-feira (22) ou na semana subsequente (29), mas é preciso conversar e discutir a logística com a PF, encarregada de escoltar Youssef a Brasília. O presidente da CPI, entretanto, sinalizou que a tendência é marcar o depoimento para o dia 29. "Acredito que, depois do segundo turno, na volta dos trabalhos, seja o mais provável. Depressa. Espero que ele venha para falar como falou na Justiça" afirmou.

Na semana passada, Youssef e Paulo Roberto Costa prestaram depoimentos públicos à Justiça Federal do Paraná acusando, entre outras pessoas, o tesoureiro do PT, João Vaccari, de ser o responsável por cobrar propinas de empreiteiras sob contratos da estatal. Em nota, Vaccari negou as acusações.

Partidos que apoiam a candidatura do tucano Aécio Neves querem explorar, na CPI, as recentes declarações de ambos. Aliado da presidente Dilma Rousseff, a quem tem ajudado na campanha no seu Estado, a Paraíba, Vital resiste a acatar as sugestões da oposição com o argumento de que a CPI não pode ficar "contaminada" pelo ambiente eleitoral.

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