A garçonete Monalisa Fagundes do Nascimento, de 21 anos, deixou na quinta-feira o hospital do Mandaqui, na zona norte da capital, após seis dias de internação, em estado grave, em decorrência de ferimentos causados por estilhaços lançados por uma bomba que explodiu na Rua 25 de Março, na antevéspera de Natal. Luan Richard Coutinho, de 2 anos, que também estava entre as 16 vítimas do explosivo, se recupera bem. Nesta quinta, ele deixou a UTI do Hospital do Servidor Público Municipal e foi para a enfermaria. Mesmo com ferimentos no fígado e no pulmão, o menino já fala e brinca.
Monalisa, que teve traumatismo craniano e ficou dois dias em coma, recebeu alta após melhora significativa. Há dois dias, ela ainda respirava com ajuda de aparelhos. Na noite de anteontem, se recuperou bem e foi transferida para o quarto. Após avaliação médica, a garçonete recebeu alta e deixou o hospital, às 14h30m de quinta. A moça não se lembra da explosão da bomba, que estava dentro da lata de lixo. O pequeno Luan também melhorou rapidamente, para surpresa dos familiares. Ele deixou a UTI infantil, onde só se alimentava por meio de sonda e respirava com a ajuda de aparelhos. Nesta quinta, passou a receber comida via oral e a respirar normalmente.
- Graças a Deus. Estou aliviada - disse a mãe dele, a vendedora ambulante Mônica Coutinho dos Santos, 19, que também foi vítima da bomba.
Grávida, ela entrou em trabalho de parto na hora da explosão. Em casa há três dias, ela se recupera tendo que amamentar a criança. Com o filho recém-nascido, visitou Luan nesta quinta-feira. A polícia ainda não tem pistas sobre quem teria feito o artefato explosivo e colocado no lixo. Ontem, a Secretaria de Segurança Pública informou que "as investigações estão em andamento e que todas as denúncias estão sendo apuradas, mas não há suspeitos".
A explosão ocorreu na esquina com a Rua Carlos de Souza Nazareth, a poucos metros do Shopping 25 de Março, de propriedade do chinês Law King Chong, preso sob acusação de ser o maior contrabandista do país. O explosivo foi feito com um extintor, pólvora, pregos e outros objetos pontiagudos. Após a explosão, a Guarda Civil Metropolitana aumentou o policiamento na região, o que não impediu que o movimento caísse no maior centro comercial da capital.