Na audiência pública das comissões de Direitos Humanos e Minorias; e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, o presidente da Associação das Vítimas do Césio 137, Odesson Alves Ferreira, reivindicou assistência médica e financeira do governo federal. Odesson observa que, 18 anos após o acidente em Goiânia, muitas das vítimas estão desempregadas e "não tem como garantir seus direitos à vida e à saúde".
- O governo federal não fez nada ainda pelas vítimas do césio. Nunca deu medicamentos, mas apenas uma pensão para algumas pessoas - lamentou.
A pensão do governo federal foi concedida em 1996 para apenas 160 pessoas. No entanto, a associação tem catalogadas 1,5 mil vítimas com seqüelas físicas, anomalias ou doenças como o câncer. O governo de Goiás também oferece uma pensão a 149 pessoas.
O presidente da associação sugere que os governos federal, estadual e a prefeitura de Goiânia se unam para dar assistência às vítimas do césio até o fim de suas vidas.
- Sabemos que o agravamento da contaminação do césio ocorre a médio e longo prazo - observou Odesson, que também é vítima do acidente.
O representante da Comissão Nacional de Energia Nuclear Nelson Valverde explicou que outras radiações ionizantes, como os raios X e gama, representam grande risco de contaminação.
- Estamos todos preocupados com a exposição ao material radioativo em geral, não só do césio - comentou.
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