A pré-candidata à Presidência da República, Marina Silva (PV), afirmou em Caruaru, no agreste pernambucano, não ser muito provável, mas não ser impossível, uma vitória do PV, um partido pequeno com poucos recursos, na eleição de outubro.
Segundo ela, a candidatura do PV já está quebrando a maneira de fazer política e observou que o PT e o PSDB precisam ter maturidade para restabelecer o diálogo e perceber que existem questões importantes e estratégicas para o Brasil que não podem ser negligenciadas, como o desenvolvimento com preservação ambiental.
Para a senadora, é preciso garantir uma governabilidade mínima no Congresso buscando um arco de alianças que não tenha o "viés fisiológico". Ela observou que o PSDB quis ser sozinho (na presidência) e ficou refém do DEM, enquanto o PT quis governar sozinho e ficou refém do PMDB. Lembrou, então, uma citação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sobre quem vai "liderar sozinho para governar o atraso". "Não precisamos liderar o atraso", afirmou ela para uma plateia majoritariamente formada por alunos e professores da Faculdade do Vale do Ipojuca (Favip) no auditório da Rádio Difusora de Caruaru.
Marina cumpriu uma extensa agenda na cidade, que teve seu momento de festa ao receber homenagem de artesãos no polo de artesanato da Feira de Caruaru, a maior do Nordeste. Viu a apresentação de bandas de pífanos e forró, do grupo de bacamarteiros, além de receber de presente uma escultura em barro reproduzindo uma família de retirantes, confeccionada por Antonio Rodrigues da Silva, 58 anos, seguidor fiel da escola do Mestre Vitalino.
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