O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta terça-feira (29), em São Bernardo do Campo, da inauguração de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Sistema Único de Saúde (SUS) no estado de São Paulo, e defendeu que os repasses de dinheiro do governo sejam feitos de forma equilibrada, independente do partido que administre o município ou o estado que receberá o dinheiro.

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"Nós não fazemos distinção de que partido é o prefeito e o governador. Você não pode deixar de dar comida para um porco porque você não gosta do dono do porco", disse o presidente durante discurso da primeira unidade de pronto de atendimento do gênero no estado de São Paulo. Segundo o presidente, o projeto das UPAs receberá investimentos de R$ 1 bilhão no estado no ano de 2010. O projeto, iniciado pelo Rio de Janeiro, deverá em breve se espalhar para outras regiões do país. O presidente voltou a cobrar do PT a necessidade de fazer alianças para garantir a vitória nas eleições. Ele referiu-se à vitória do petista Luiz Marinho na cidade de São Bernardo do Campo como um exemplo bem-sucedido de uma estratégia de alianças.

"Antes a gente perdia as eleições porque o PT era metido a besta, queria sair sozinho, não fazia aliança política. Juntava mil vereadores contra nós e a gente sempre perdia. O Marinho, mais hábil, mais matuto, mais do interior, resolveu construir uma aliança política e foi procurar vários partidos que o ajudaram a se eleger prefeito de São Bernardo", disse Lula.

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Mais tarde, em entrevista coletiva, Marinho afirmou que o partido vive um novo momento e defendeu que o PT faça a mais ampla aliança de sua história no estado de São Paulo nas eleições de 2010, com Ciro Gomes na cabeça de chapa.

"Não era somente uma coisa do PT. Era uma coisa da configuração partidária da cidade, do estado e do país, que impossibilitava a construção de alianças", disse Marinho. "Para o estado de São Paulo nós estamos trabalhando fortemente para a configuração de aliança na disputa do ano que vem e vamos esperar que a gente tenha a felicidade de costurar essa aliança, a maior da história do PT no estado de São Paulo, com a possibilidade de Ciro Gomes na çabeça da chapa", afirmou.