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Com parte da bancada do PSDB unida ao PT, Eduardo Cunha se viu obrigado a recuar. | Wilson Dias/Agência Brasil
Com parte da bancada do PSDB unida ao PT, Eduardo Cunha se viu obrigado a recuar.| Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Acostumado a impor derrotas ao governo, o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não conseguiu impor sua vontade nesta quarta-feira (15) no debate sobre a regulamentação da terceirização de atividades no país e foi obrigado a adiar a votação de emendas para a próxima semana. O PSDB rachado resolveu apoiar o PT, influenciando outros partidos e garantindo maioria para derrotar Cunha, que queria a votação dos destaques ao projeto ainda ontem.

A dobradinha já havia acontecido na noite anterior, quando foi aprovada a exclusão de empresas públicas e sociedades de economia mista do que determina o texto-base aprovado.

Apesar do recuo, ele não admitiu derrota. “Não encaro como nenhuma derrota porque esse não é meu projeto. Este é um projeto que atende o país. Eu não tenho nenhum compromisso com nenhum artigo deste projeto. Nenhum deles é da minha autoria”, afirmou.

A tensão durou todo o dia. Cunha reuniu-se com líderes do governo e de oposição e irritou-se com o fato de partidos que inicialmente defendiam o projeto de maneira incondicional, como o PSDB, começarem a ceder às pressões das redes sociais.

Incomodado com a união de PT e PSDB, o PMDB resolveu dar o troco no governo e apresentou uma emenda aglutinativa que permite a contratação de cooperativas como terceirizadas. O assunto é polêmico por causa das relações precárias de trabalho mantidas nas cooperativas.

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